A febre amarela no Espírito Santo em 1850

Em novembro de 1850, a febre amarela alcança o sul da província e, rápida, se propaga por todo o território.(4) De então para o futuro, anualmente, faz sua tétrica arrecadação. Na medida das possibilidades – aliás mui precárias – o governo procura minorar o sofrimento do povo, fornecendo-lhe medicamentos gratuitos e assistência médica.(5) Tudo em proporções tão reduzidas que um presidente confessará sem rodeios: “A Providência Divina vela certamente sobre a população desta Província que, sem o seu auxílio, estaria hoje extinta por falta de recursos da medicina”.(6)
NOTAS
(4) - Segundo informa o presidente Felipe José Pereira Leal, em relatório apresentado à Assembléia Legislativa em 1854, até maio desse ano haviam perecido mais de duzentas mpessoas vitimadas pela epidemia trazida ao Brasil, em 1849, do porto de Nova Orleans (SANTOS FILHO, Hist. Medicina, II, 76-7).
– Recorda o mesmo autor que, na Corte, em 1850, umas dez mil pessoas foram atacadas pela febre amarela, falecendo cerca de duas mil.
(5) - A vinte e quatro de maio de 1858, o ministro do Império oficiava ao presidente da província: “dá parte de haver aparecido a febre amarela nessa Capital [...] Manda S. .Majestade o Imperador declarar-lhe que espera que V. Exa. não poupará meio algum de providenciar ao alívio daquele mal, e principalmente a socorrer a pobreza, contando que o Governo aprovará quaisquer despesas neste sentido” (Ms do acervo do AN, I JJ9, 24, p. 231-2).
(6) - Relatório que o exmo. presidente da província do Espírito Santo, o bacharel José Bonifácio Nascentes de Azambuja, dirigiu à Assembléia Legislativa da mesma província na sessão ordinária de vinte e quatro de maio de 1852 – Vitória – Tipografia Capitaniense de P. A. de Azeredo – 1852.
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, novembro/2017
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