Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

Família Lofiego (ou Lofêgo)

Transcrito do trabalho "Lofiego Lofêgo 1875 a 1998" de autoria de Luciana Botelho Bonnemasou

Francesco Lofiego foi o primeiro a "descobrir o Brasil", vindo de Castellucio Superiore, província de Potenza, na Itália, em 1875. Gostou tanto do clima europeu e das possibilidades comerciais que vislumbrou em Villa do Rio Pardo (Iúna-ES), que mandou chamar sua família: Rosa D´Amico Lofiego e seus três filhos GiuseppeBráz eNóbila, que chegaram em 1879.

Naturalizaram-se: Lofiego passa a ser Lofêgo, D´Amico passa a ser Amigo. Francesco, naturalizado Francisco, prosperou muito no comércio. Ajudou na formação da Villa do Rio Pardo (Iúna-ES). Participava dos festejos católicos, missas e procissões.

Seus filhos cresceram em parceria com a nova terra e nesta mistura étnica Brasil & Itália. Bráz casou-se comPalmira Affonso (Vidinha)Nóbila casou-se com Domingos Vivacqua e Giuseppe, naturalizou-se José Antônio e com 24 anos casa-se com a brasileira de 18 anos Maria Rodrigues de Paula. Nasce desta união 11 filhos:

Rosina, Antônio (Ninico), Francisco (Chichico), Lídia, Elizeu (Zezeu), Onair, Zilda, Almir, Maria Auxiliadora (Dady), Moacyr e Ilza.

José Antônio, comerciante dinâmico, tornou-se também fazendeiro. Participou da política no afã de ajudar no progresso de Rio Pardo (Iúna-ES), onde foi prefeito, vereador e presidente da Câmara Municipal. Excelente administrador, fez várias obras, entre elas, a sede da Prefeitura.

Um homem de gosto apurado, apreciava música e assim formou a "Banda de Música Carlos Gomes". Educou junto com sua esposa Maria, os filhos com esmero e transmitiram a eficiência no comércio, o gosto pela música (apreciava tanto que num gesto inédito contado pelos seus filhos, mandou buscar um piano para sua residência, o qual fora trazido a pé, por homens, até Rio Pardo), as meninas além disso, aprenderam a bordar e costurar.

Os pais queriam que os conhecimentos dos filhos fossem mais aprimorados e disciplinados.

As dificuldades físicas eram grandes e os caminhos abismais. De Rio Pardo (Iúna-ES) à Muniz Freire eram 5 horas a cavalo com chuva e com sol. Em Muniz Freire dormiam no hotel ou na casa de algum conhecido e partiam para Castelo, mais 7 horas a cavalo. Em castelo, pegava-se o trem até Cachoeiro e daí seguiam para Vitória. As filhas estudaram no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (Carmo), em Vitória. Os filhos estudaram internos em colégios e alguns deles no São Vicente de Paula (Vitória). Tornaram-se comerciantes, advogado e dentista.

José Antônio fazia constantes viagens ao Rio de Janeiro para comercializar e fazer compras para a família. O Rio de Janeiro já se impunha na moda e José Antônio comprava para a família botinhas, luvas, chapéus, lenços e tecidos de qualidade na tradicional loja Parque Royale, onde havia também colchas e toalhas de mesa para enxoval. Nesta oportunidade, gostava de levar algum filho e introduzí-los à ópera, no Teatro Municipal.

As filhas de José Antônio e Maria (Vovó Maricas) casaram-se com juízes, promotores e desembargadores. Os filhos casaram-se com mulheres preparadas e dinâmicas.

José Antônio faleceu na década de 20 e mais tarde Vovó Maricas foi morar em Vila Velha, onde faleceu na década de 50.

Uma observação esclarecedora: Rosina, a filha mais velha, casou-se primeiro e alguns filhos nasceram em Iúna e assim, foram criados juntos com os tios quase da mesma idade num convívio de irmão. Por isso, a mistura e a intimidade foi ampliando para outras gerações, criando até hoje um difícil compreensão de quem é primo de primeiro e de segundo grau. A hierarquia é clara, mas a proximidade e os laços de amizade foram mais fortes. Mas, independente da idade, todos se misturaram num convívio só.

Clique aqui e veja a Árvore Genealógica da Família Lofiego (ou Lofêgo)

Genealogia Capixaba

Família Falqueto e Delarmelina

Família Falqueto e Delarmelina

O casal chegou ao Espírito Santo com sete membros: quatro homens (Giuseppe, Angelo, Antônio e Francisco) e três irmãs (Inês, Mariana e Luíza). Estou procurando melhores fontes históricas, mas já é conhecido que a família Falqueto, aqui de Venda Nova, são da família Biot, descendentes de Giovani Biot, nascido em 1840

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

Duarte de Lemos – (c. 1485-1558)

Duarte de Lemos, como estátua orante, na localidade da Trofa.Tal exemplar de estatuaria tumular lusitano é considerada “uma das obras mais belas e viris da nossa galeria de retratos plásticos”

Ver Artigo
Carta de fundação da vila de Guarapari

Registro da carta de fundação da vila de Guarapari, na província do Espírito Santo, copiada do Livro de Registro da Câmara Municipal daquela vila, 1679

Ver Artigo
Dos Emboabas ao Monte Líbano - Capítulo I

Os Monteiros distraíam-se com troças, brincadeiras simples, mormente no Carnaval e nas Aleluias, quando, na Fazenda Monte Líbano

Ver Artigo
Nobreza Capixaba

Os nobres capixabas comprovados são apenas três (barões de Aimorés, Monjardim e o terceiro de Itapemirim), havendo dúvidas quanto ao barão de Guandu e ao barão de Timbuí 

Ver Artigo
Família Aguiar

AGUIAR, OS NATIVOS DA VILA Sempre escutei de meu avô Miguel Manoel de Aguiar Junior que nossos ascendentes vieram para o Espírito Santo com os Donatários das Capitanias Hereditárias.

Ver Artigo