Hospedaria dos imigrantes

Os imigrantes italianos que vieram para o Brasil foram submetidos à exploração no momento do embarque em Gênova e nos outros portos, uma vez que eram obrigados a chegar aos portos com muita antecedência em relação à data de partida. Um concluio dos agentes de viagem e companhias de navegação criou uma rede de exploradores que viviam da boa fé dos imigrantes, incentivando-os a gastos desnecessários. Viam-se totalmente depenados do pouco dinheiro que traziam, sendo obrigados a pagar hotéis e incentivados a comprar bugigangas que lhes eram oferecidas como indispensáveis no Brasil. Muitos foram forçados a comprar quadros de santos, como forma de devoção e proteção para a longa viagem.
Houve choques culturais dentro dos navios entre imigrantes da própria nacionalidade em função das variadas regiões de origem. Eles apresentavam diferenças de hábitos e língua.
A vinda dos imigrantes foi difícil e dolorosa. Perderam entes queridos na viagem e, ao chegar, muitos foram encaminhados para a hospedaria em Barra do Piraí, Rio de Janeiro. Nesse alojamento, eles ficavam em quarentena (muitas vezes não chegavam a ficar todo o período e outras ultrapassavam 40 dias). Era um período de observação para o caso de terem contraído alguma doença no navio. Ali esperavam os seus destinos.
Aconteceu de alguns seram encaminhados para outras regiões e essa separação dos parentes e amigos deixava as famílias traumatizadas. Alguns só conseguiam notícias depois de muitos anos. A Hospedaria Pedra D'Água foi construída na entrada da baía de Vitória, em 1887. Mas só recebeu imigrantes em 1889. Antes, já havia um recolhimento no local ou acomodação no Porto e em alguns hotéis da época, só que não davam hospedagem para todos os imigrantes. Porém, muitas vezes, permaneciam meses, vítimas da morosidade do serviço público, ficando dependentes do Estado até para se alimentarem.
Fonte: Santa Teresa Viagem no Tempo 1873-2008
Autora: Sandra Gasparini
Compilação: Walter de Aguiar Filho, dezembro/2010
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