Intervenção federal - Governo Nestor Gomes

Quando da sucessão de Bernardino Monteiro, a política provocou, novamente, agitação e desassossego.
Numa tentativa de apaziguamento – diante do embate que se prenunciava apaixonado e violento – os partidos acordaram em apresentar o nome do coronel Nestor Gomes como candidato único à presidência do Estado. Mais tarde, entretanto, surgiu nova candidatura: a de Filomeno José Ribeiro.
O pleito decorreu em ambiente calmo, mas, quando da reunião do Congresso Legislativo Estadual para reconhecimento e posse do presidente eleito, estourou uma crise de tamanhas proporções que culminou na secção da Assembléia.
Parte desta, dirigida pelo deputado Geraldo Viana, reconheceu a validade da eleição de Nestor Gomes e continuou funcionando no paço do Congresso. A outra ala elegeu seu presidente o deputado Francisco Etienne Dessaune, que se proclamou chefe do executivo estadual.
No dia vinte e três de maio de 1920, pela manhã, parte do Batalhão de Polícia revoltou-se. Imediatamente, Bernardino Monteiro telegrafou ao presidente da República, solicitando o apoio da força federal. À tarde, transmitiu o cargo a Nestor Gomes.
As duas correntes assentiram, então, em entregar o governo a uma pessoa de confiança do chefe da Nação, que não aceitou a sugestão, por inconstitucional.
A vinte e seis de maio começou a luta armada na Capital, com elementos da Força Policial dividida entre as duas facções.
Diante da nova situação, o presidente da República decretou a intervenção federal no Estado,(42) fazendo cessar o movimento armado.
Finalmente, a vinte e um de julho, foi sancionada, pelo presidente Epitácio Pessoa, a lei que reconhecia Nestor Gomes como presidente do Estado, depois de o Congresso Nacional se ter manifestado pela legitimidade de sua eleição.(43)
NOTAS
(42) - Decreto executivo número 14.191, de vinte e sete de maio de 1920.
(43) - O mesmo ato reconheceu a João de Deus Rodrigues Neto como vice-presidente.
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, setembro/2017
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