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Jerônimo Monteiro - Capítulo XVI

Navio cargueiro recebendo café no cais da Alfândega, no Porto de Vitória (1908-1910). APEES — Coleção Jerônimo Monteiro

O Porto da Vitória, tão apreciado pela beleza de sua entrada, quando ainda conservado o verde mágico dos morros que emolduravam a cidade, não tinha atracadouro para navios. As lanchas de Vila Velha chegavam ao pequeno cais do Éden Parque. Somente embarcações pequenas, os escaleres, entre os quais o do Presidente do Estado, forrado de veludo vermelho, a lancha da Alfândega, a Alcides, do Sr. Antenor Guimarães, e outros particulares acostavam no Cais do Imperador e em outros, como o Cais Grande da Praça Santos Dumont. Para o serviço do Presidente do Estado, o Governo adquiriu a lancha Nizia, encomendada da Europa. Era veloz, espaçosa e segura. Custou 12:000$000, em 1912.

Fazia-se o desembarque de passageiros, em escaleres e lanchas pequenas que atracavam às escadas dos navios. Em dias de preamar, tornava-se mesmo perigoso esse desembarque.

Pensou-se, primeiro, em situar-se o Cais de Desembarque no Continente, ideia combatida por outros, que preferiam a Ilha. O próprio Dr. Jerônimo partilhava da primeira tese — porque sua visão era de um futuro grandioso para sua terra estremecida! Mas o isolamento da cidade, com a falta de ponte, obrigava os viajantes ao recurso de outro transporte: os escaleres e lanchas, para os que demandavam a Capital, motivo por que se resolveu o atracadouro direto.

Aliás, desde o início do seu Governo, pensava o Dr. Jerônimo nesse importante empreendimento. De acordo com a Lei n° 553, de 23 de novembro de 1908, o Governo celebrou, a 16 de janeiro de 1909, o contrato para as respectivas Obras do Porto.

A 23 de novembro de 1908, telegrafou ao Dr. Pedro Nolasco, comunicando estar sancionada a Lei que estabelecia a verba para as Obras do Porto. “Aguardo sua vinda, para a celebração dos contratos".

Veremos, adiante, que a 29 de junho de 1910, o Presidente Nilo Peçanha presidiu ao lançamento da pedra fundamental das Obras do Porto.

Ao chegarmos a essa notícia, devemos ressaltar que o Presidente do Espírito Santo não se limitava a convergir seus cuidados e sua atenção para os melhoramentos da Capital e seus munícipes. Tratava, igualmente, do interior do Estado, para, mediante estradas que facilitassem a exportação de produtos agropecuários, possibilitar a comunicação dos povoadores com as vias férreas e as cidades.

De fato, cuidou o Dr. Jerônimo de estradas, que varavam os sertões, ao Norte, ao Centro e ao Sul, em direção aos rios navegáveis e às estradas de ferro. Citemos algumas: de São Mateus ao Núcleo Santa Leocádia; da estação de Fundão, na Estrada de Ferro Vitória a Minas, até Santa Teresa; do Muqui, na Estrada de Ferro Leopoldina Ry. até São José das Torres, além de estradas de rodagem que ligavam os municípios do Rio Novo, Rio Pardo (atual Iúna), Guarapari e Alfredo Chaves à mesma antiga Sul do Espírito Santo.

Quase todas essas estradas, no Sul do Estado, foram abertas e bem feitas pelo Cel. Marcondes Alves de Sousa, conforme se verifica no documentário fotográfico da “Mensagem" de 1912.

Tratou, ainda, o Presidente da limpeza e desobstrução de canais navegáveis, como o Canal do Pinto, no Rio Novo, o Canal do Orobó, o do Rio Itabapoana e o do Rio Benevente.

Correspondiam as estradas abertas pelo Governo às providências, junto às empresas de transporte, quanto à redução de fretes, para os produtos agrícolas do Estado, de modo a estimular e amparar a lavoura.

E, no sentido ainda de incrementar o povoamento de zonas incultas, cuidou o Dr. Jerônimo de reduzir o preço da venda de terras públicas e simplificar os processos de medição, demarcação e discriminação.

Em novo Regulamento, providenciou evitar e punir energicamente as invasões e devastações das terras e matas devolutas.

Já vimos que organizara a Fazenda Modelo Sapucaia, onde os meninos pobres recebiam amparo e assistência, de par com a orientação para o campo, e os lavradores aprendiam novos métodos agrícolas, sobretudo a mecanização da lavoura. Ali, encontravam hospedagem e transporte para visitá-la. Construiu-se uma casa especial, para os que vinham de localidades afastadas passar alguns dias, a fim de instruir-se nos referidos métodos e praticar o manejo das máquinas. Muitos, no regresso, levavam instrumentos fornecidos pelo Governo, ao preço do custo e a prazo longo, se não pudessem pagá-los de uma vez.

Recordemos que foi, realmente, festiva a inauguração da fazenda, a 4 de dezembro de 1909, quando, de acordo com a norma do seu Governo, o Dr. Jerônimo confiou ao Dr. Júlio Leite, então Presidente do Congresso Legislativo, o solene ato oficial, que se realizou, com o discurso do ilustrado médico e político. Outros oradores foram o Dr. Fidelis Reis e o Dr. Thiers Veloso. Esse exaltou a obra dinâmica do Dr. Jerônimo Monteiro.

Providenciou o Governo uma "parada", de modo que os agricultores, vindos pela Estrada de Ferro Diamantina, saltassem diretamente na Fazenda Sapucaia. A 10 de maio de 1910, o "Diário da Manhã" divulgava a notícia de que a Superintendência dessa estrada, por solicitação do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, determinara concessão de passagem gratuita aos agricultores, que se destinassem à referida fazenda. Teriam passes nominais.

                                     * * *

Inadequado já, pelo decorrer do tempo, havia no Estado um Serviço de Terras e Colonização, desde 1892, alterado em 1893, além de um Comissariado Geral que muito prejudicara a agricultura, de modo tal que o Cel. Henrique Coutinho viu-se na contingência de extingui-lo. Tratou, por isso, o Dr. Jerônimo de uma reforma geral no Serviço de Terras e Colonização, conforme a Lei n° 581, de 7 de dezembro de 1908, portanto alguns meses apenas depois de assumir o Poder. E, na "Mensagem" de 1912, diz que se demorou no cumprimento desse dever!... Interessou-se, junto ao Legislativo, pela referida reforma, de modo que a Lei n° 637, de 2 de dezembro de 1909, estabeleceu o preço de 2$000 a 10$000, por hectare, em harmonia com a classificação regulamentada, em cinco categorias, de acordo com as condições de salubridade, fertilidade, etc.

 

Primeira categoria....................10$000;

Segunda categoria....................8$000;

Terceira categoria......................6$000;

Quarta categoria.......................4$000;

Quinta categoria........................2$000

 

Ainda em favor da agricultura, foi a correspondência do Governo aos pedidos para que, em propriedades particulares, fossem instrutores ministrar ensinamentos relativos a diversas culturas. Para Cachoeiro do Itapemirim, por exemplo, foi um técnico fundar um campo de demonstração destinado aos agricultores do Sul do Estado.

A 19 de outubro de 1908, chegaram oitenta famílias de colonos portugueses, dos Açores, para o Núcleo Afonso Pena. Vieram pelo vapor Acre, do Loide Brasileiro, e perfaziam cento e oitenta e duas pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Acomodaram-se na Hospedaria da Pedra d'Água.

O Dr. Jerônimo providenciou tudo o que pudesse dar- lhes conforto, inclusive carinhosas visitas de famílias da sociedade, que levaram presentes e lhes suavizaram os aborrecimentos da viagem. Correspondiam esses imigrantes ao contrato celebrado pelo Presidente Henrique Coutinho, com o Sr. Cristiano Espíndula, que recebeu a indenização das despesas feitas, no total de 10:051$074. Diz o Dr. Jerônimo que não reclamou essa indenização, "porquanto quem se aproveitava, afinal, do benefício era o próprio Estado".

Foram esses imigrantes levados para o Núcleo, fundado no Governo anterior, no Vale do Rio Guandu, numa das zonas mais promissoras do Estado, transformada logo em importante centro agrícola. Seguiram, em turmas de trinta pessoas, a começar do dia 25. Entre os portugueses, estavam alguns alemães. Difícil, porém, foi convencê-los, principalmente, as mulheres, da segurança no lugar. Estavam medrosos de ser devorados pelos índios!

Pelo Decreto n° 208, de 7 de novembro de 1908, foi o Núcleo Afonso Pena transferido para o Governo Federal, mediante indenização de quase todos os gastos feitos pelo Estado. Teve, como diretor, o Dr. Antônio Araújo Aguirre, ex-diretor da Repartição de Obras e Empreendimentos.

Havia o Governo Federal se comprometido em fundar outro núcleo colonial, motivo por que o Dr. Jerônimo providenciou o levantamento hidrográfico da zona escolhida; margens do Ribeirão Fruteiras, nas proximidades do Rio Novo, trabalho confiado ao Dr. Hermann Belo, por 7:917$500. — Como, porém, a União deixou de cumprir o compromisso, o Governo do Estado firmou contrato com o Cel. Carlos Gentil-Homem, para fundar ali um núcleo que recebeu o nome de Miguel Calmon, para cento e cinquenta famílias. Datado de 22 de setembro de 1910, o contrato foi aprovado, na Lei n° 737, de 7 de junho de 1911.

Outros contratos foram firmados com os Srs. Lichtenfels & Cia. e Dr. Joaquim Guimarães. O primeiro para a execução de um vasto plano de exploração agrícola e industrial; o segundo, para a fundação do Núcleo São José, no Rio Doce.

                                     * * *

Mas, paciente leitor, façamos um parêntese, no registro dessa atividade jamais presenciada no Espírito Santo. Sofreu o Dr. Jerônimo dura e  baixa ofensiva, pela celebração desses contratos!... Conservou-se, porém, como sempre, silencioso aos ataques mesquinhos daqueles que, mais tarde, reconheceriam sua intocável honestidade. Nem mesmo consentiu que seus amigos o defendessem.

Escreveu o saudoso Presidente:

“Não respondi a esses ataques, assim como não encaminhei a crítica nem mesmo consenti que os meus amigos o fizessem, enquanto percebi, pelo desencontro de opiniões, a confusão de ideias emitidas, que uma grande paixão política ou pessoal, um interesse qualquer contrariado ou atingido, obscurecia a razão dos que não cuidaram, esclarecidamente, do assunto, antes se serviam do pretexto, para desacreditar o Governo.

Felizmente, não foi preciso que eu e os meus amigos saíssemos a campo: — a luz e a justiça se fizeram, por si mesmas. Os próprios combatentes do meu ato renderam-se, após leitura mais atenta do contrato (Lichtenfels) e reflexão mais madura sobre suas condições, etc.”

Tratava-se, de certo, de interesses pessoais contrariados, conforme o Sr. José Cândido de Vasconcelos, sinceramente declarara: que alguns políticos trazem no bojo. Sentia o Dr. Jerônimo a realidade da advertência feita na Convenção Organizadora do Partido Republicano Espírito-Santense, em janeiro de 1909.

Ainda sobre a agricultura, registremos que um dos seus projetos de amparo aos menos favorecidos pela fortuna era a distribuição de lotes aos pequenos agricultores, nos terrenos circunvizinhos à Capital, a fim de que desenvolvessem granjas de abastecimento à população urbana: frutas, aves, verduras, ovos, etc. — Publicou as devidas instruções, em português, italiano e alemão.

No quadriênio de 1908 a 1912, de que nos ocupamos, ensaiou-se a cultura de cacau no Rio Doce, na Fazenda Santo Antônio, de propriedade do Estado, e de acordo com o contrato feito com o Sr. Virgínio Calmon.

                                     * * *

Não se limitou o Dr. Jerônimo à agricultura. Iniciou, no Estado, a indústria pastoril; adquiriu para a Fazenda Sapucaia vinte e três animais de raça, já aclimatados no Brasil; e providenciou a construção de estábulos, preparo de pastagens apropriadas e aviários, além de um silo, para a conservação de forragens.

Assim, na própria fazenda, eram mantidos os dois serviços; da agricultura e da pecuária, sem grande aumento de despesas.

Jamais nos esqueceremos do deslumbramento do Presidente, perante um aipim gigante, cenouras enormes, tomates daqueles!... colhidos NA FAZENDA, como dizia, satisfeito!

E tudo (propriedade, construções e adaptações de prédios, experiências, aquisição de animais de raça, de grande número de plantas, vultosa quantidade de sementes, compra de máquinas e seu fornecimento aos agricultores, viagens de mestres de cultura às propriedades particulares) não ultrapassou 240:761$936.

Em agosto de 1910, chegaram da Europa e foram para a Fazenda Modelo: um carneiro Lincoln, um touro Gersey, e três casais de galináceos Plymout. Esperados estavam oito animais taurinos e caracus.

Sem os atuais meios de transporte, impossível ao Presidente era, naquele tempo, ausentar-se da Capital para visitar zonas distantes, somente alcançadas em vaporzinho costeiro, em canoas ou lombo de animal — o burrinho que trotava nas estradas primitivas.

O Dr. Jerônimo, porém, resolveu o problema do conhecimento direto do homem rural: instituiu o Registro dos Lavradores, a fim de habilitá-los ao recebimento da assistência e outros benefícios do Estado. Tudo simples, sem mecanismo aparatoso. Uma pequena mesa, no seu próprio gabinete de trabalho. Apareciam ali personagens de todos os aspectos — os simples e os adiantados. Alguns acompanhados da mulher, com um filho no braço e outro encomendado. E a todos o Presidente apertava a mão calejada, animava, com o interesse pelos seus problemas e a solução imediata de suas dificuldades. Quantas vezes um envelope discreto entrava num bolso, levando uma "lembrança” para a família! Sim, um recurso para o regresso festivo ao lar, metido nas brenhas do Espírito Santo!...

                                     * * *

Não passou despercebido ao Dr. Jerônimo o fomento às indústrias: fábricas em Jucutuquara, Cachoeiro do Itapemirim, Vila Velha; usinas de açúcar em Paineiras e Jabaquara; serrarias; a Usina Hidroelétrica de Fruteiras, que tanto concorreu para o desenvolvimento industrial do Vale do Itapemirim.

Na "Mensagem” de 1912, lemos que "para fomentar o desenvolvimento da indústria, no Estado, teve o Governo o critério que lhe pareceu mais seguro: — de não regatear favores que pudessem estimular, auxiliar e amparar a iniciativa particular". Assim, foram celebrados contratos com o Sr. Lisandro Nicoletti, para a fundação de uma fábrica de tecidos na Vitória; com o Sr. João Nicolussi, para uma fábrica de material sílico-calcário, em Vila Velha; com a firma Henry Rodgers & Cia., para uma fábrica de tecidos em Cachoeiro do Itapemirim; com o Dr. Augusto Ramos, para uma Usina de açúcar, uma fábrica de óleos, uma de cimento e uma grande serraria. A Usina de Paineiras, no Itapemirim, tornou-se a mais adiantada, no Brasil, naquele tempo.

Todos os estabelecimentos industriais do Sul eram movidos a eletricidade, fornecida pela Usina Hidroelétrica de Fruteiras.

A Companhia Industrial do Espírito Santo adquiriu os referidos contratos e as obras iniciadas; indenizou o Estado de todas as despesas, com esses grandes e importantes empreendimentos.

Segundo a "Mensagem" de 1912, quando o Dr. Jerônimo deixou o Governo, estavam essas fábricas tão adiantadas que poderiam, conforme seus cálculos, ser inauguradas ainda em 1912.

Quem passa pela Avenida Vitória, na volta para Jucutuquara, vê o grande prédio da Companhia Manufatora de Tecidos, que se originou do referido contrato celebrado a 13 de dezembro de 1910, com os Srs. Lisandro Nicoletti e Américo da Costa Madeira, para a fundação e montagem de uma Fábrica de Tecidos, que prosperou e passou a outras mãos, com a morte dos seus proprietários.

Sob a orientação enérgica e metódica do saudoso Presidente, subiram a importação e a exportação, ao passo que a Receita, orçada em 2.403:056$401, em 1908, era de 2.663:900$602; em 1909; 3.162:841 $914, em 1910; e 4.745:158$612, em 1911.

                                     * * *

Ao encerrar-se a Legislatura de 1909, o Dr. Jerônimo, a 14 de dezembro, ofereceu um banquete aos congressistas, às 19:30 horas.

Como tudo, neste mundo, tem sua História, até jantares e banquetes, registremos este Cardápio, em português, conforme as determinações do Presidente:

 

Sopa cachoeirana (Devia ser de macarrão, daquele macarrão antigo "de canudo", que as crianças - chupavam, fazendo xu... u... u...p!...)

Peixe à baiana

Empadinhas capixabas (Deliciosas empadinhas, feitas pela Sra. Maria Saraiva)

Frango carioca

Arroz de forno

Fricadinho de paco (O apreciado carneiro de raça pura)

Pernil uberabense

Bolos de batatas

Bácora à mineira (Quem se esquecerá da leitoa assada, com o chumaço de salsa no focinho e rodelas de limão espetadas no lombo?)

Aspargos

Peru-presunto

Assado de vaca

Salada (Nesse tempo, a salada, só de alface, era servida, no fim das refeições)

Gelados

Frutas variadas, pudins diversos, queijo do Reino, doces secos Vinhos, licores, águas minerais

 

Todas as iguarias eram preparadas no Palácio, com a supervisão de Dona Cecília, que fazia os pudins. Maria Saraiva encarregava-se das empadinhas.

Arrumava-se a mesa do seguinte modo: a leitoa, no centro, pois devia ser trinchada pelo Presidente; os perus aos lados, com alternativa de outros pratos. Galheteiras diversas, geralmente de prata e cristal, permitiam aos convivas temperar a salada ao seu gosto.

Lembremo-nos de uma receita: Para o sal, um avarento. Para o vinagre, um prudente ou moderado. Para o óleo, um pródigo. E, para mexer... um doido.

Nesse tempo, as senhoras não participavam de jantares e banquetes. Eram, porém, convidadas para "enfeitar o salão". Compareciam, com os melhores vestidos, penteados com flores e fitas, joias lindas, mitenes rendadas, bolsas de fios de prata, leques de rendas e plumas. Uma lindeza!... Apreciavam o banquete e conversavam, enquanto os homens saboreavam as iguarias. Depois, ganhavam uns docinhos...

Repetimos — era lindo o conjunto de finas damas elegantes, ao rigor do Art Nouveau e da Rainha da Moda, os figurinos máximos daquele tempo.

Nesse ano, realizou-se, na Vitória, por iniciativa dos Srs. Dioclécio Borges, Clímaco Sales e Cirilo Tovar, o primeiro Natal dos pobres. Foram auxiliados pela Comissão de Senhoras, assim constituída: Cecília Bastos Monteiro, Cacilda Werneck Pereira Leite, Clementina Moreira Veloso, Izilda Moniz Freire Monjardim, Laura Urpia Gonçalves, Augusta Serrano Oates, Zina Guaraná Monjardim, Malvina Lírio de Araújo, Inácia de Souza Borges, Judit Guaraná, Tovarina Tovar e Ilda Pessoa.

 

Nota:

 

A presente obra da emérita historiadora Maria Stella de Novaes teve sua primeira edição publicada pelo Arquivo Público do Estado do Espírito Santo -APEES, em 1979, quando então se celebrava o centenário de nascimento de Jerônimo Monteiro, um dos mais reconhecidos homens públicos da história do Espírito Santo.

Esta nova edição, bastante melhorada, também sob os cuidados do APEES, contém a reprodução de uma seleção interessantíssima de fotografias da época — acervo de inestimável valor estético-histórico, encomendado pelo próprio Jerônimo Monteiro e produzido durante o seu governo — que por si só, já justificaria a reimpressão, além do extraordinário conteúdo histórico que relata.

 

 

Autora: Maria Stella de Novaes
Fonte: Jerônimo Monteiro - Sua vida e sua obra
2a edição Vitória, 2017 -  Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (Coleção Canaã Vol. 24)
Compilação: Walter de Aguiar Filho, julho/2019

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