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Pecuária no ES – Século XIX

Burro pronto para viajar - Ilustração do livro: Por Serras e Vales do Espírito Santo – A epopéia das Tropas e dos Tropeiros, do autor Ormando Moraes.

No capítulo intitulado Animais, a monografia tão desveladamente preparada pelo presidente informa existirem na província umas oito mil cabeças de gado vacum. O preço médio de um boi era catorze mil réis, e seu peso, oito arrobas. Uma vaca se comprava por doze mil réis. Utilizavam-se os bois nas fábricas de açúcar e nos carros. À bicheira – que se curava com mercúrio doce – era atribuída a maioria das perdas.(62)

A carne de vaca já entrara nos hábitos de alimentação do povo, pois, semanalmente, abatiam-se dez reses nos açougues.(63)

O rebanho cavalar, menos numeroso, contava mil e seiscentas cabeças.

Uma égua valia vinte mil réis; um cavalo, trinta e dois mil réis.

Criavam-se, também, burros e bestas, cabras, carneiros, porcos, galinhas, patos, perus, marrecos e pombos.(64)

 

NOTAS

(62) - Entre 1826 e 1827 a produção de açúcar diminuiu sensivelmente devido a uma praga de carrapatos que acometeu o gado vacum, definhando-o e matando-o (Memória).

(63) - Visitando o norte do Espírito Santo, em 1816, o príncipe MAXIMILIANO observou que o “leite era verdadeira raridade neste litoral” (Viagem, 171).

(64) - Informava o presidente INÁCIO ACIÓLI na Memória: “O gado muar em ambos os sexos não excede a cem, o seu preço médio 32$000, metade se emprega em fábricas e metade em transportes. O gado caprino há duzentos de ambas as espécies, nenhum se mata nos açougues e seu preço é 1$280. Gado ovelhum há dois mil, nenhum vai ao açougue e o seu preço é 1$000. Porcos há oitocentos, é raro que vem ao açougue, seu preço 8$000 e a libra a sessenta réis. / As galinhas de ambos os sexos custam 480 réis e há quatro mil cabeças, e poucas as chamadas da Índia. Patos custam a trezentos e vinte réis, e há mil. Perus custam a oitocentos réis e há duzentos. Marrecos custam a trezentos e vinte réis e há mil. Capões custa a quinhentos e sessenta réis e há cem. Frangos custam a cento e vinte réis e há seis mil. Pombos custam a cento e vinte réis e há trezentos.”

 

Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, abril/2018

História do ES

Pedra DÁgua

Pedra DÁgua

Segundo o historiador Levy Rocha, o Sítio Pedra D'Água (onde está a penitenciária Estadual), pertence ao Município de Vila Velha ficando a cerca de meia légua do centro urbano. Deste sítio o visitante descortina todo o prolongamento mais estreito da baia de Vitória. O nome Pedra D'Água originou-se da grande pedra isolada que aflora na margem da baía.

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