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25 de Julho

Igreja em 25 de Julho Foto: Walter de Aguiar Filho, 2009

Atualmente, 25 de julho é uma pequena localidade, com não mais do que 50 casas, cidade de uma rua só. Nós, do site, estivemos lá nesse mês de julho, mais precisamente, no dia 25 de julho de 2009. Saindo de Santa Teresa em direção ao mirante, ande mais um pouco e logo verá a placa indicando a estrada para 25 de Julho.

Estrada de terra, mas em ótimas condições. Fomos até lá porque foi nesta localidade que meus avós nasceram e moraram, no ciclo áureo do café no Espírito Santo, as famílias Loss e Giuberti. Agora, as nascentes secaram, o café já não é tão importante e a cidade está parada no tempo. Mas nem sempre foi assim (Por Mônica Boiteux).

História

A comunidade de 25 de Julho foi assim denominada por terem seus primeiros habitantes ali chegado no dia 25 de Julho de 1877.

Uma vez instalados, os imigrantes trataram de organizar o desenvolvimento da comunidade criando os serviços básicos como as atividades comerciais, o correio, a farmácia, o transporte, a agricultura tendo o café como principal produto – base da economia - e pecuária.

A maioria dos primeiros habitantes professava a igreja católica. Dessa forma, várias igrejas foram construídas, sendo a primeira capela de Santa Luzia – Hoje desaparecida na propriedade da Família Tussi. A Seguir, foi construída a capela de São João Batista na propriedade Coffler e ainda a de São Miguel em terras de Paulo Casotti.

No centro da Vila sob as ordens de Dona Marta Wolkartt, foi erguida uma capela com vários santos: Santo Antônio, São Benedito, São Bento e Santa Marta.

Tantas capelas e santos causaram certa confusão o que levou o povo a entrar num acordo. Assim, em 1960, em lugar da última capela foi construída a atual igreja com todos os santos, optando-se por São Miguel como padroeiro da Vila.

Na História da comunidade, merecem destaque a personagem Dona Marta Wolkart, esposa de João Wolkart, mãe de cinco filhos legítimos e dezoito adotados e dona de quase todo o distrito onde exercia grande domínio.

Dona Marta era uma pessoa enérgica, de forte personalidade. Sobre ela correm muitas histórias, umas reais e outras fictícias.

Comércio e Agricultura

O primeiro estabelecimento comercial pertencia a Miguel Gonring que, para abastecê-lo, buscava os produtos em Santa Leopoldina em troca de burros. Levava café e trazia mercadorias em viagens longas e árduas.

Neste distrito foi instalado o primeiro alambique do município cujo proprietário foi Paulo Casotti, dando início a uma atividade econômica muito explorada no local, hoje já extinto.

O primeiro farmacêutico da vila foi Jorge Garayp o qual comprava remédios prontos de laboratórios e também preparava outros conforme era uso na época. Não havendo hospital, as pessoas doentes permaneciam em casa até a cura.

Escola

De acordo com os professores, no ano de 1882, fundou-se em 25 de Julho a primeira escola do município de Santa Teresa.

Era uma escola particular regida pelo médico suíço, doutor João Emílio Hausler que viera a pedido dos colonos alemães e suíços.

Com o afastamento do Doutor Hausler (1889), a escola passou a ser regida pelo professor Antônio Blase, nomeado professor municipal.

Antes de 1940, a escola era denominada “Escola Pública Mista”. Recebeu posteriormente os nomes de “Grupo Escolar Cecília Bonfim”, Grupo Escolar Rural Professor Hausler” e, atualmente, “Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Hausler”.

 

Fonte: http://www.uniblog.com.br/portal25dejulho/
Compilação: Walter de Aguiar Filho, 2009

 

 

LINKS RELACIONADOS:

>> Imigração no ES 
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Três Praias: São consideradas as mais bonitas do balneário. A entrada é através de área particular e atualmente está fechada. As únicas formas de acesso a elas são através da Praia dos Adventistas ou de embarcações. 

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