A Estrada de Ferro Vitória a Minas

"Remontam aos primórdios do regime republicano as origens da Estrada de Ferro Vitória a Minas. O Governo da nova República, baseado, aliás, na legislação que herdou do Império, concedeu privilégios a várias empresas particulares para construção e exploração do tráfego ferroviário das estradas por elas construídas, assegurando-lhes ainda a garantia de 6% ouro, até o limite de Cr$ 30.000,00 por quilômetro de linha construída.
"Duas dessas concessões referem-se às de Vitória a Peçanha e de Araxá à linha de Itabira—Jatobá, cuja fusão, posteriormente autorizada pelo congresso, permitiu, em 1902, a constituição da empresa que construiu a E. F. Vitória a Minas.
"De início e por um período de mais de 30 anos, foi à empresa dirigida por dois grandes vultos da engenharia nacional: João Teixeira Soares e Pedro Nolasco Pereira da Cunha, a que serviram até a morte. Foi notável o incremento dado às obras, pois já em 1908 era de 234 quilômetros a extensão da linha em tráfego, atingindo a ponta dos trilhos o quilômetro 313 e os serviços de terra planagem o km 345.
"O limite da garantia de juros, bem como as dificuldades dos meios de construção da época, resultaram no lançamento de uma linha férrea em precárias condições técnicas, mal que se verificou igualmente em várias outras ferrovias construídas naquele período.
"Inicialmente, os interesses econômicos do empreendimento não poderiam ter levado em conta a exportação do minério de ferro, fato novo que começou a ser discutido a partir de 1908, desde quando prendeu a atenção o valor das fabulosas jazidas localizadas justamente na zona de influência da ferrovia em construção.
"Marca essa época o início de uma nova orientação para o destino da Estrada..."
Coronel Wolmar Carneiro da Cunha Superintendente da Estrada de Ferro Vitória a Minas
(Relatório apresentado em setembro de 1954, páginas 1 e 2)
Fonte: O Desbravamento das Selvas do Rio Doce, 1959
Autor: Ceciliano Abel de Almeida
Compilação: Walter de Aguiar Filho, outubro/2014
Em 1º de junho de 1942, o Brasil estava imerso em uma crise institucional que tinha como ponto central a decisão sobre a entrada do país na Segunda Guerra Mundial
Ver ArtigoFirmados em 3 de março de 1942 e tendo como signatários os governos do Brasil, da Inglaterra e dos Estados Unidos, os Acordos de Washington definiram as bases para a organização, no Brasil, de uma companhia de exportação de minério de ferro
Ver ArtigoA CVRD seria constituída como uma sociedade anônima, de economia mista, com capital inicial de 200 mil contos de réis. Sua diretoria seria composta por cinco membros: um presidente e dois diretores de nacionalidade brasileira e mais dois diretores norte-americanos
Ver ArtigoO poder monopolista conquistado pela Itabira com a assinatura do contrato provocou uma escalada da oposição nacionalista
Ver ArtigoA concessão de lavra só seria dada após parecer favorável do DNPM e a partir da publicação do próprio decreto de concessão. A fiscalização dos trabalhos de pesquisa e lavra de jazidas seria igualmente realizada pelo DNPM, que deveria receber relatórios anuais de lavra
Ver ArtigoSempre foi um entusiasta da Vale. Escreveu o livro comemorativo dos 40 anos da empresa, em 1982, um precioso documento de memória
Ver ArtigoVoltada, desde o início de suas atividades, para o mercado externo, a Companhia Vale do Rio Doce foi afetada pela instabilidade na economia internacional
Ver ArtigoOs planos de Percival Farquhar atingiam numerosos interesses. Os proprietários das pequenas metalúrgicas de Minas Gerais temiam que a exclusividade pretendida pela Itabira Iron Ore Co. sufocasse seus empreendimentos
Ver ArtigoA transferência total da Companhia Vale do Rio Doce para Belo Horizonte constituirá um crime e o grande criminoso será Vossa Excelência, Sr. presidente Castelo Branco
Ver ArtigoPreocupada em atingir a meta de exportação de 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro a CVRD concentrou seus esforços na melhoria das condições de funcionamento do complexo mina-ferrovia-porto
Ver Artigo