A história do Jornal A GAZETA
A GAZETA, aos 80 anos de idade, é o mais antigo jornal em circulação no Espírito Santo. E teve uma história conturbada, como a maioria dos jornais regionais, ao longo de grande desse tempo. Somente a partir do início da década de 70 conseguiu ter uma sede e um parque gráfico modernos, à época situados na Rua General Osório, no Centro de Vitória.
Mas antes disso ocupava um pequeno sobrado na mesma rua, com uma impressora que produzia um jornal de baixa qualidade de impressão e tiragem pequena. Mesmo assim liderava as vendas em bancas e durante muito tempo foi também preferência em assinaturas e anúncios populares. Por sinal, foi um jornal criado inicialmente para venda de anúncios de imóveis. Em 1928 começava a se formar os bairros Praia do Canto, Praia do Suá e Bento Ferreira, e naquela região se concentravam os interesses dos comerciantes da época.
Em sua trajetória mais antiga figuram momentos pouco dignificantes. Além de ter servido como órgão de apoio político a grupos conservadores capixabas por grande parte de sua existência, chegou a ser um jornal de orientação pró-nazista durante os anos que antecederam a II Guerra Mundial e até mesmo no início desta, em 1939, quando houve a invasão da Polônia. Na época a empresa não pertencia aos atuais detentores de seu controle acionário.
Em várias de suas edições, estampava matérias e editoriais com elogios à figura de Adolf Hitler e ao seu partido político, o Nacional Socialista. Também apoiava as figuras locais representativas do nazi-fascismo, que no Brasil se arregimentavam em torno do Partido Integralista, de Plínio Salgado.
Em certa ocasião, o controle acionário foi adquirido pela família Lindenberg (antes o jornal chegou a ser de oposição à linha política adotada pelos Lindenberg) e, durante o período da ditadura militar que durou de 1964 a 1985, apoiou ativamente esse regime, sendo confundida com um órgão oficial da Arena, o partido político do regime militar e também do ex-governador e ex-senador Carlos Fernando Monteiro Lindenberg, um dos seus acionistas maiores.
Não por coincidência, esse foi o período de maior crescimento econômico da empresa, o que de resto aconteceu com todos os principais órgãos de Comunicação do Brasil que, nos diversos estados, aceitaram fechar fileiras com a ditadura no esforço por sua legitimação, afinal não conquistada.
Depois do final desse conturbado período da história brasileira, A GAZETA, que então já se tornara Rede Gazeta, com TV (filiada à Rede Globo e rádios) adotou a linha editorial mais eqüidistante da arena política, quase de imparcialidade. A GAZETA, mesmo hoje vendendo bem menos que seu concorrente A TRIBUNA, continua sendo uma referência nos meios de Comunicação capixabas.
A empresa que o imprime conta sua história mais recente:
“Todos os jornais da Rede Gazeta são impressos em um moderno Parque Gráfico, inaugurado em 1999, em um investimento de 15 milhões de dólares, o maior já feito pela Rede. Para abrigar a impressora Newsliner foi construído novo prédio que ocupa área de 5.800 m2, atrás da atual sede.
A Newsliner, de fabricação norte americana, tem uma capacidade de produção 3,5 vezes maior que a antiga impressora, podendo rodar até 70 mil exemplares/hora de cadernos com até 24 páginas totalmente coloridas, reduzindo drasticamente as perdas, já que os ajustes são todos feitos através de softwares específicos. É uma das mais modernas do mercado.
A GAZETA
É o veículo mais antigo da Rede Gazeta, lançado em setembro de 1928 por Thiers Vellozo. Único jornal do Espírito Santo com formato standard e divisão de cadernos, é voltado para as classes AB e conta com suplementos semanais sobre diversos temas como informática, imóveis, turismo, lazer, veículos, moda e saúde. Possui o maior e mais eficiente caderno de classificados do Estado e um suplemento infantil A Gazetinha, um dos mais antigos do país, com mais de 40 anos.
A GAZETA circula diariamente em todos os municípios do Espírito Santo, em parte dos Estados de Minas e Bahia e nas cidades de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Tem uma redação com cerca de 90 jornalistas, além dos funcionários que dão suporte gráfico e administrativo, sete sucursais, representantes comerciais em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
No final de 2007, o jornal A GAZETA ganhou novo layout. Todos os cadernos semanais passaram por mudanças e estão com novos formatos, mais interativos e próximos ao meio digital. Segundo o diretor de redação dos jornais da Rede, Antônio Carlos Batista Leite, não se trata de uma reforma gráfica e sim de uma releitura do layout do jornal. A releitura foi uma das primeiras de muitas ações que marcarão os 80 anos de A GAZETA, que serão comemorados ao longo de 2008. É filiado à Associação Nacional de Jornais (ANJ) e ao Instituto Verificador de Circulação (IVC).
Notícia Agora
No dia 3 de maio de 2000, a Rede Gazeta lançou o Notícia Agora. O jornal tem formato tablóide, publicação diária e circulação em todo o Espírito Santo. O jornal tem formato tablóide, publicação diária e circulação em todo o Espírito Santo.
Apostando na tendência mundial de leitura leve e rápida, com prestação de serviços, o Notícia Agora ganhou novos projetos gráfico, editorial e logomarca, no dia 3 de dezembro de 2006. O jornal ganhou um desenho tão moderno quanto outros jornais do país e do mundo, com textos leves, curtos, mais serviços, infográficos e fotos para que o leitor diminua o seu tempo de leitura. Toda a modernização foi feita pela redação do jornal em parceria com a empresa espanhola Cases e Associates.
Segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC) o Notícia Agora é o terceiro que mais cresceu no país. No período de janeiro a agosto de 2007, o jornal cresceu 50%, comparado ao mesmo período do ano anterior.
Oportunidades, Cursos e Concursos
O jornal “Oportunidades – Cursos e Concursos” foi lançado dia 28 de janeiro de 2003 e é um jornal de formato tablóide, semanal, especializado em concursos públicos, empregos e estágios na iniciativa privada. É uma prestação de serviço para o leitor que quer procurar emprego e melhorar profissionalmente. E também para aquelas pessoas que são empregadas e querem um cargo melhor.
O jornal é distribuído semanalmente e fica disponível nas bancas durante 15 dias.”
Fonte: Revista a'angaba AnoI - Número 02 - dez/2008, publicação da Associação Espírito Santense de Imprensa (AEI)
Compilação: Walter de Aguiar Filho que pesquisou no Instituto Histórico e Geográfico do ES, do qual é membro - agosto/2011
Nota do Site: Recentemente, o jornal deixou de ser publicado no tradicional formado "standard" e adotou o formato tabloide
Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576
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