Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

Adolfinho, tipo popular - Por Elmo Elton

Cemitério de Santo Antônio 1940

Alto, forte, feio, lento, morava no bairro de Santo Antônio, então o "paraíso" de inúmeros tipos populares. Tinha cabeça raspada, andava sempre descalço, mas de roupa limpa. Fazia biscates.

Era do conhecimento público que ensandecera pegando touro à unha para o Matadouro Municipal, localizado no Porto de Santana. Numa dessas ousadas pelejas, levara tamanha chifrada na cabeça, que, daí para diante, nunca mais teve juízo perfeito.

A característica principal de Adolfinho era salientada no carnaval, quando preparava, com desvelo, uma "burrinha" que iria ficar famosa nos festejos momescos de Santo Antônio e centro de Vitória. Nesses dias, encarnava-se na burrinha, virava a própria burrinha, era a burrinha.

Em certo carnaval, depois de umas boas pingas (só bebia nessa época), sentiu-se mais burrinha que das outras vezes e começou a empinar-se e a rinchar como o dito animal. De repente, mandou que os que o circundavam saíssem da frente que a burrinha iria derrubar uma cerca próxima. Dito e feito. Desembestado contra o cercado de madeira, aquela massa de carne humana rompeu com todo o madeirame, zurrando e dando coices. Acabou machucadíssimo, sendo levado para o hospital vizinho, desfalecido.

Era educado. Falava pouco, voz dócil. Um ingênuo. No final da vida, andava com o auxílio de duas muletas, já que as pernas mal lhe aprumavam o corpo pesado. Faleceu, um traste humano, na década de 60. (Informação de Marco Del Maestro.)

 

Fonte: Velhos Templos e Tipos Populares de Vitória - 2014
Autor: Elmo Elton
Compilação: Walter Aguiar Filho, fevereiro/2019

Literatura e Crônicas

Caieiras

Caieiras

Compondo a paisagem da Grande São Pedro, uma pequena península, que até 1940 geograficamente era uma ilha

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

Ano Novo - Ano Velho - Por Nelson Abel de Almeida

O ano que passou, o ano que está chegando ao seu fim já não desperta mais interesse; ele é água passada e água passada não toca moinho, lá diz o ditado

Ver Artigo
Ano Novo - Por Eugênio Sette

Papai Noel só me trouxe avisos bancários anunciando próximos vencimentos e o meu Dever está maior do que o meu Haver

Ver Artigo
Cronistas - Os 10 mais antigos de ES

4) Areobaldo Lelis Horta. Médico, jornalista e historiador. Escreveu: “Vitória de meu tempo” (Crônicas históricas). 1951

Ver Artigo
Cariocas X Capixabas - Por Sérgio Figueira Sarkis

Estava programado um jogo de futebol, no campo do Fluminense, entre as seleções dos Cariocas e a dos Capixabas

Ver Artigo
Vitória Cidade Presépio – Por Ester Abreu

Logo, nele pode existir povo, cidade e tudo o que haja mister para a realização do sonho do artista

Ver Artigo