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Antônio José Peixoto Miguel

Antônio José Peixoto Miguel

Qual a visão que se tem do Município da Serra? Uma terra de pioneirismo, onde foram travadas batalhas políticas inesquecíveis; um cenário bucólico enfeitado pelo famoso "Mestre Álvaro", em cujas matas ainda cantam os pássaros mais raros e onde por toda parte a natureza colocou a magia de sua beleza.

A Serra de muitas tradições, de políticos famosos, de festas folclóricas. O destino premiaria o famoso Município da Grande Vitória, com um inesperado e estonteante progresso. Depois de tantos anos de esquecimento, repentinamente viu-se a Serra invadida pela industrialização que mudaria toda a sua fisionomia.

Naquela região, cheia de lendas e misticismos, nasceu ANTÔNIO JOSÉ PEIXOTO MIGUEL, filho de Antônio Borges Miguel e dona Francisca Peixoto Miguel. Seu pai foi um dos mais conhecidos farmacêuticos do Município, político militante e ex-Prefeito da Serra, já falecido. Sua mãe, dona Chiquinha, colaborou com o velho Antônio Borges, no atendimento aos enfermos, pois, em sua época, a assistência médica local era extremamente restrita.

Filho de político, ANTÔNIO JOSÉ PEIXOTO MIGUEL, atual presidente da COMDUSA, teve como outros serranos de sua geração, uma vida bastante agitada na juventude. O relacionamento com os amigos, mesmo assim sempre foi muito bom em todos os lugares, Vila Velha enchendo suas recordações dos primeiros anos, por ter ali morado quando jovem. Na Serra, algumas dificuldades sempre existiram, sempre provocadas por injunções políticas que eram constantes e afetadas por radicalismos próprios aos feudos.

A tal ponto as relações se radicalizavam no Município, que não se admitia relacionamento entre os filhos e netos dos adversários políticos entre as famílias. Com relação a este posicionamento sempre foi considerado um contestador, pois a política na Serra envolvia a tudo e a todos.

Mas ANTÔNIO PEIXOTO MIGUEL diz que embora as coisas fossem tão difíceis por causa da divisão ferrenha das facções políticas, as pessoas eram, todavia, mais amigas e havia também muito mais sinceridade do que hoje. Isto acontecia também no campo da lealdade, fortalecendo a confiança que se tinha nas pessoas.

Tendo vivido num ambiente onde a política era o assunto predominante e a meta de cada um, PEIXOTO acabaria por seguir a carreira do pai, sendo, com apenas 20 anos, o segundo vereador mais votado no Município, perdendo apenas para o seu amigo Aldary Nunes.

Nesta eleição, ele concorreu com um tio e um primo à vereança serrana, obtendo 95% da votação na sede, o que o encheu de justificado orgulho.

Um dos momentos que relembra com alegria, foi o primeiro dia de aula como professor de Matemática na Serra, no Ginásio Estadual, concretizando um velho sonho.

ANTÔNIO PEIXOTO MIGUEL, embora vindo de uma tradição política das mais ferrenhas, como ele mesmo disse, ingressou na vida pública com outra visão do mundo, das coisas e das pessoas, procurando ajustar-se às mudanças que estavam acontecendo no Estado e no País, sentindo a grande responsabilidade que cairia sobre ele e outros jovens da Serra, como o próprio Prefeito José Maria Miguel Feu Rosa e o seu irmão deputado federal Antônio José Miguel Feu Rosa. Novos tempos, novas esperanças, muito trabalho para desenvolver. Foi esta a mentalidade que o acompanhou sempre como vereador e Vice-Prefeito Serrano, até vir ocupar o cargo com o qual foi honrado pelo governador Eurico Rezende.

Quando teve que encarar a vida sozinho, buscou sempre decifrar o dia de amanhã, encarando-o como uma incógnita, de acordo com suas convicções, mas com naturalidade, luta e ânimo.

Quando alguém pergunta o momento mais feliz de sua vida, dentre muitos, ele destaca logo o nascimento do seu primeiro filho, o que mais o marcou com grande alegria. Os momentos tristes já esqueceu todos. Encara seu casamento como um prêmio, afirmando sempre ter ganho uma irmã, uma amiga, uma companheira de lutas, celeiro de estímulo e esposa. Como todo pai, deseja, portanto, para sua família, em especial para os seus filhos, um futuro promissor.

Ter amigos e conservá-los é um dos pontos básicos da filosofia de vida de ANTÔNIO JOSÉ PEIXOTO MIGUEL. Ele cita os que mais admira: Vandir Barcellos, Oscar Amaral Filho, Edmar Lourençon, Alfredo Doce Leite da Silva, Raulino Machado Filho, Marcelo Ribeiro do Val, Chequer Hanna Bou Habib, Antônio Celso Borges, Guilherme Santos Filho, Alziro Valejo, Pedro Leal, Aldary Nunes, Teotônio Loyola, Marcelo Basílio, Carlos Augusto Simões, Custódio Lopes Soares, Antônio Carlos Buaiz Silvares, Nagib Cury (falecido), Salim Carone, Jamil Loussalem e Antônio José Miguel Feu Rosa.

Tem levado sua vida acreditando em Deus, tendo como pessoas mais importantes para ele, sua mãe, mulher e filhos. Enxerga seus familiares com o mesmo olhar amoroso que via nos olhos de sua mãe dona Chiquinha.

PEIXOTO cultiva hábitos esportivos, como pescar na praia de Nova Almeida com os filhos, que considera seu mundo. São eles: Gustavo, Deborah e Luciana.

Como filosofia profissional, segue o lema: trabalhar com honestidade, humildade, franqueza e bons propósitos, pontos de vista que tem defendido e divulgado.

Para ele, dinheiro é importante na razão indireta das necessidades impostas pela própria vida, mas não um meio de se ganhar prestígio e status que, no seu entender, não se compra: se impõe.

Para chegar a ser quem é, ANTÔNIO JOSÉ PEIXOTO MIGUEL considera ter sido influenciado por sua mãe, sua mulher, seus padrinhos o tio Pedro Feu Rosa e sua tia Zindoca, sua tia Didita e seu esposo Manoel Concinio e uma gama de amigos que sabem da sua gratidão por todo apoio e incentivo que lhe deram.

Seu maior desejo é ser feliz, transmitindo tranquilidade e paz a todos os seus.

Confessando-se perdidamente apaixonado pelo ensopado de maxixe e galinha ao molho pardo feito por sua mãe, PEIXOTO diz ainda que entre seus pratos preferidos estão: siri, carne-de-sol, carne-seca no feijão.

Como dirigente da COMDUSA, um cargo de muita responsabilidade, tem procurado corresponder à expectativa dos que confiaram nele, impulsionando a empresa e buscando mais recursos para ampliá-la no sentido de poder servir sempre mais e melhor aos usuários.

Político jovem, não poderia deixar de transmitir à nova geração uma mensagem de confiança, de certezas, no futuro do Brasil e no progresso do Espírito Santo. Vem de uma época em que as coisas eram multo mais difíceis para os jovens e, hoje, mostram-se mais acessíveis. Cabe a todos os que irão comandar os destinos futuros do Estado e da Pátria o dever de trabalhar e lutar para que não tenham sido em vão os sacrifícios dos que os antecederam. É o que ele espera da nova geração de políticos, especialmente os da Serra, que guarda tantos sonhos e trabalhos de familiares seus já desaparecidos. O futuro está adiante de nós, termina PEIXOTO, temos que alcançá-lo com passos firmes e buscando sempre fazer o melhor.

 

Fonte: Personalidades do Espírito Santo. Vitória – ES. 1980
Produção: Maria Nilce
Texto: Djalma Juarez Magalhães
Fotos: Antonio Moreira
Capa: Propaganda Objetiva
Compilação: Walter de Aguiar Filho, julho/2020

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