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Com o segundo donatário, mais prosperidade

Os frades franciscanos vieram para o Estado no início da colonização. Além do Convento da Penha, construíram outro no centro de Vitória. - Obra de Álvaro Conde

A administração de Vasco Fernandes Coutinho Filho propiciou um período de tranqüilidade à Capitania: novas construções de engenhos, desenvolvimento da catequese e levantamento da igreja dos jesuítas (São Tiago). Os colonos, voltados para as suas diversas tarefas, pareciam menos agressivos e mais preocupados com os seus próprios afazeres.

As riquezas da época, nesta parte do mundo, seriam as pedras e os metais preciosos ou a lavoura da cana-de-açúcar. A riqueza fácil não foi encontrada. Era preciso pensar em tirá-la com trabalho, da terra, e a cultura da cana vicejava. O algodão também trazia divisas para a Capitania, bem como as cabeças de gado.

O historiador Rower chama a atenção para o zelo com que os franciscanos trabalhavam nos conventos e missões do Norte do Brasil. E acrescenta que Vasco Coutinho Filho, impressionado com as notícias de tanta dedicação por parte desses religiosos, pediu ao chefe daquela Ordem na Bahia, a vinda de alguns frades franciscanos para o Espírito Santo.

O trabalho dos franciscanos no Espírito Santo teve início com frei Pedro Palácios

O trabalho religioso dos franciscanos no Espírito Santo tivera início com Frei Pedro Palácios. E continuou com a chegada de Antônio dos Mártires e Antônio das Chagas, que já não encontraram o donatário Vasco Coutinho Filho, falecido meses antes.

Os franciscanos foram recebidos festivamente pela nova governadora, Luísa Grinalda, e pelo seu adjunto, o Capitão Miguel Azeredo; pelo vigário da Vila de Vitória, Padre Francisco Pinto; e autoridades da terra.

Tempos após a chegada, esses religiosos iniciaram a construção, em Vitória, do Convento de São Francisco, em terreno doado à Ordem, por escritura assinada pela governadora, pelo seu adjunto e demais autoridades constituídas.

Luisa Grinalda doou também aos franciscanos o terreno do Convento da Penha, que fazia parte de sua propriedade (contíguo), a fazenda do Moreno. Ela conviveu com Frei Pedro Palácios e foi testemunha de sua generosidade e abnegação.

Depois da chegada dos franciscanos, vieram para o Espírito Santo os beneditinos, representados pelos sacerdotes Frei Damião da Fonseca e Irmão Basílio.

 

Fonte: Jornal A Gazeta, A Saga do Espírito Santo – Das Caravelas ao século XXI – 20/05/1999
Pesquisa e texto: Neida Lúcia Moraes e Sebastião Pimentel
Edição e revisão: José Irmo Goring
Projeto Gráfico: Edson Maltez Heringer
Diagramação: Sebastião Vargas
Supervisão de arte: Ivan Alves
Ilustrações: Genildo Ronchi
Digitação: Joana D’Arc Cruz    
Compilação: Walter de Aguiar Filho, junho/2016

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