Companhia Vale do Rio Doce

O desenvolvimento da Segunda Guerra Mundial sofreu um refluxo em 1942. As nações do Eixo começaram a perder terreno para as potências aliadas – Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra.
No esforço de guerra, a responsabilidade do Brasil, na fase anterior ao envio de tropas, era bem restrita. Devia abastecer os aliados de alimentos e, principalmente, matérias-primas.
Para selar compromisso, Brasil, Estados Unidos e Inglaterra firmaram os “Acordos de Washington”, exatamente em 1942. Por meio dos contratos assinados entre os representantes dos três países, o Brasil, financiado pelo capital norte-americano, comprometia-se a fornecer, anualmente, com exclusividade, 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro para os Estados Unidos e a Inglaterra, a fim de suprir suas indústrias bélicas.
Para cumprir a meta de exportação, o governo brasileiro encampou uma mineradora inglesa sediada em Minas Gerais – Itabira Iron Company – e, também, a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), cujas obras, iniciadas em 1903, haviam sido concluídas em 1940. Foi criada, dessa forma, a Companhia Vale do Rio Doce – CVRD. Sua função era gerenciar a extração, o transporte e a exportação do minério de ferro.
A CVRD contraiu empréstimo no exterior – Eximbank, nos Estados Unidos – com os seguintes objetivos: ampliar a capacidade de produção das minas, reaparelhar a EFVM e terminar as obras do cais especial de embarque e exportação de minério de ferro, na baía de Vitória.
O cais especial de minérios foi construído defronte da Ilha de Vitória, no continente – Morro do Atalaia. Com um sistema de descarregamento mecânico de vagões, deixou para trás a época em que a carga de minério, após chegar à estação terminal de EFVM, era transportada, até o porto de Vitória, em caminhões, e desembarcada na rua, no centro da cidade, de onde era transferida para os navios por trabalhadores braçais.
Com o término da Segunda Guerra Mundial, a CVRD enfrentou inúmeros problemas. A exclusividade de venda para a Inglaterra e os Estados Unidos chegou ao fim, uma vez que os dois países renunciaram à opção de renovação de contratos. Essa decisão deixou a Companhia sem mercado garantido a curto prazo.
As dificuldades foram agravadas graças à redução da demanda mundial por minério de ferro e em razão dos altos custos dos fretes marítimos, uma vez que o Brasil competia com países como o Canadá e Venezuela, situados a menor distância dos principais mercados consumidores – Estados Unidos e Europa.
Somente em 1952, após enfrentar inúmeros contrayenpos, é que a CVRD consegue modernizar as operações do complexo mina-ferrovia-porto e atingir a meta de 1,5 milhão de toneladas exportadas por ano. Nessa mesma época, saldou seus compromissos com os credores e ganhou credibilidade internacional.
Fonte: História do Espírito Santo, Vitória/2002
Autor: José Pontes Schayder
Compilação: Walter de Aguiar Filho, setembro/2011
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