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Curiosidades Espírito-santenses - Por Eurípides Queiroz do Valle - I

Pintura de Hans Nobauer - Ilha de Vitória, ES

Vitória está entre as mais antigas capitais do litoral brasileiro. Foi fundada em 1549. O primeiro donatário e colonizador da Capitania não se sentiu seguro no primitivo local escolhido para sede do Governo – a bela planície de Vila Velha. Eram constantes as incursões destruidoras dos índios. Escolheu então, local mais abrigado e de mais fácil defesa, E deu preferência ao que encontrou no flanco sul de uma grande ilha fronteira ao continente. Local realmente abrigado, cercado de altas montanhas e onde o acesso só poderia ser feito por mar. E nessa ilha começou a construir a nova sede a que deu o nome de Vila Nova. E Vila Nova para distinguir da primitiva que passava a ser Vila Velha. Os selvagens, porém, não esmoreceram. E passaram a atacar também Vila Nova. Espreitavam o que se fazia de dia, para durante a noite e de surpresa, destruírem o que podiam. Os colonizadores resolveram então, lhes dar combate decisivo. Prepararam-se. E esse combate se travou no dia 8 de setembro de 1551 onde foram definitivamente batidos e expulsos. E Vila Nova passou, desde então, a chamar-se Vila da Vitória, não só em regozijo pelo triunfo alcançado como por ser o dia de N. Senhora das Vitórias. E assim nasceu e assim se batizou a capital espírito-santense. E naquele semicírculo apertado pelas montanhas foi se desenvolvendo a cidade. O casario começou a galgar os morros. Os mangais foram aterrados. O próprio mar teve que recuar. E a cidade continuou a crescer. Era necessário porém, fugir ao cerco para desenvolver-se. E só havia, para isso, duas saídas. Ambas pela orla marítima. Conseguiu, porém, expandir-se esgueirando-se, do lado norte pelo Forte de São João, e pelo lado sul pela então cidade de Palha, hoje Vila Rubim. Ambos, locais estreitos e apertados entre o mar e a montanha. E assim, conseguiu fugir ao estrangulamento a que estava condenada. E por essas duas passagens pode desenvolver-se e prolongar-se. De um lado, flanco norte, através dos hoje florescentes bairros de Forte de São João, Jucutuquara, Gurigica, Lourdes, Horto, Suá, Praia Comprida e Maruípe. Do outro lado (flanco sul), pelos arrabaldes de Vila Rubim, Caratoíra, e Santo Antônio. Todos, a bem dizer, na orla marítima. Uma ampla estrada completa o circuito da ilha, ligando entre si, os arrabaldes extremos de Maruipe e Santo Antônio, numa extensão aproximada de 14 quilômetros. A ilha de Vitória denominou-se, primitivamente, Ilha de Santo Antônio, por ter sido descoberta, no dia 13 de junho, dia consagrado a esse santo. Passou depois, a chamar-se Duarte de Lemos por ter sido doada a esse colonizador português, companheiro de Vasco Fernandes Coutinho e, hoje, por extensão, Ilha de Vitória. Os índios lhe deram o lindo nome de Guananira, que significa “ilha do mel”.

 

Fonte: Torta Capixaba (ensaios, crônicas, poesias...), 1962
Autor: Eurípides Queiroz do Valle
Compilação: Walter de Aguiar Filho, dezembro/2012 

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