Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

Novas vilas do ES em meados do Século XVIII

Anchieta - Porto Benevente 1874

Importa em longo estudo, digno, aliás, da atenção de um pesquisador do nosso passado, a transformação das aldeias jesuíticas em vilas e cidades. O tema merece demorada dissertação cheia de atrativos, principalmente quando se trata de deslindar a evolução dos antigos moradores, através dos seus descendentes, no sentido da civilização européia, no caso a organização político-social do ocidente.

Temos, no Espírito Santo, dois exemplos puros de antigas aldeias fundadas pelos inacianos e que se tornaram núcleos populosos, podendo-se avaliar sua importância pela maneira por que se destacaram na História da Capitania. Iriritiba e Reis Magos são seus nomes. A primeira, tão lembrada e reverenciada por ter sido – segundo a tradição – fundada por José de Anchieta, tendo-o acolhido nos últimos anos de vida, foi elevada à categoria de vila por alvará de primeiro de janeiro de 1759.(15) A segunda teve aquele mesmo predicamento no ano anterior, ou, mais precisamente, a oito de maio de 1758, recebendo a denominação de Nova Almeida.(16) Tais atos traduziam o reconhecimento oficial de situação de fato, isto é, da existência de núcleos mais ou menos populosos.

Era a expansão, embora a passos lentos.

 

NOTAS

(15) - JOSÉ MARCELINO, Ensaio, 202. Informa o autor que o alvará citado no texto só teve execução a catorze de fevereiro de 1761, pelo ouvidor Francisco de Sales Ribeiro (op. cit., 202). Foi, então, dado à povoação o nome de Vila Nova de Benevente, tirado de uma vila portuguesa. Em homenagem ao Apóstolo do Brasil, “passou a ter o nome de Anchieta, e foi elevada a cidade por Lei provincial número seis, de doze de agosto de 1887, instalada em dois de dezembro de 1887. Foi criada comarca em dezessete de abril de 1890” (LAMEGO, Efemérides, I, 9).

(16) - Em verdade, há dúvida sobre a data do alvará que criou a vila de Nova Almeida. Os documentos que constituem o Livro Tombo da Vila de Nova Almeida não esclarecem o assunto, embora permitam concluir pela data de oito de maio de 1758. MARQUES (Dicion. ES) refere-se a dois de janeiro de 1759; PENA (História, 180) é do mesmo parecer. DAEMON (Prov. ES, 165) adota oito de maio de 1758; RUBIM (Notícia, 342), idem.

– A vila foi instalada aos quinze de julho de 1760 (DAEMON, op. cit., 169).

 

Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, junho/2018

História do ES

Navegantes da costa do ES

Navegantes da costa do ES

O Barão do Rio Branco, nas "Efemérides Brasileiras", anota no dia 13 de dezembro de 1501, que "André Gonçalves e Américo Vespucci descobrem a baía, a que deram o nome de Santa Luzia

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

O Espírito Santo na 1ª História do Brasil

Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576

Ver Artigo
O Espírito Santo no Romance Brasileiro

A obra de Graça Aranha, escrita no Espírito Santo, foi o primeiro impulso do atual movimento literário brasileiro

Ver Artigo
Primeiros sacrifícios do donatário: a venda das propriedades – Vasco Coutinho

Para prover às despesas Vasco Coutinho vendeu a quinta de Alenquer à Real Fazenda

Ver Artigo
Vitória recebe a República sem manifestação e Cachoeiro comemora

No final do século XIX, principalmente por causa da produção cafeeira, o Brasil, e o Espírito Santo, em particular, passaram por profundas transformações

Ver Artigo
A Vila de Alenquer e a História do ES - Por João Eurípedes Franklin Leal

O nome, Espírito Santo, para a capitania, está estabelecido devido a chegada de Vasco Coutinho num domingo de Pentecoste, 23 de maio de 1535, dia da festa cristã do Divino Espírito Santo, entretanto... 

Ver Artigo