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Pedro Nolasco

Pedro Nolasco

Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha, conhecido como Pedro Nolasco, nasceu em 14 de junho de 1865, em Niterói (RJ). Era engenheiro, e quase todas as suas atividades estavam voltadas para o setor de infraestrutura: indústrias, manufaturas, portos, estradas de ferro, construção civil, entre outras. Léa Brígida pontua que Nolasco também participou no “campo econômico-financeiro como Diretor do Banco Crédit Foncier du Brésil” e também organizou “a Companhia Rádio Telefônica Brasileira, a primeira do gênero na América do Sul”. Acrescenta José Affonso, que Nolasco “Foi concessionário do Porto de Vitória” e, ainda, “Presidente da Companhia Docas da Bahia”.

Entretanto suas obras mais audaciosas eram direcionadas à construção de ferrovias, sendo a Estrada de Ferro Vitória a Minas um de seus trabalhos mais significativos. No Espírito Santo, no ano de 1900, deu início à construção do Porto de Vitória, tendo sido responsável pelos seus primeiros 550 metros. Segundo o Centro de Memória da Estrada de Ferro Vitória a Minas, Pedro Nolasco também seria responsável pela construção da ferrovia Noroeste do Brasil, que ligava nosso país à fronteira com a Bolívia, onde é atualmente o Estado do Mato Grosso do Sul. A ferrovia iniciava-se no Estado de São Paulo, na cidade de Bauru, e seguia até Corumbá. Já em 1905, trabalhou dando nova estrutura à Companhia Catalão a Palmas, que passou a se chamar Estrada de Ferro Goyás.

Apesar de ter contribuído muito para a melhoria da infraestrutura dos centros urbanos e de ter realizado obras nos estados do Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e até na Argentina, Pedro Nolasco é pouco conhecido no cenário nacional.

O engenheiro Pedro Augusto Nolasco Pereira da Cunha foi um dos mais ilustres empresários do seu tempo. Tomou parte e esteve à frente de numerosos empreendimentos comerciais, industriais e financeiros, criando uma justa reputação de homem de iniciativa, realizador capaz e brilhante.

Conhecido como o realizador da Vitória a Minas, dedicou a essa ferrovia seus maiores esforços, levantando recursos para sua conclusão na Europa.

Uma de suas maiores campanhas foi a que empreendeu durante vários anos para levar a efeito no Brasil a exportação de minério de ferro. Realizou numerosas viagens à Europa para levantar fundos para aquele objetivo. Era conhecido no Velho Mundo como um dos mais dedicados empresários brasileiros, acatado e respeitado nos círculos econômicos (AFFONSO, 1967).

Pedro Nolasco, cuja passagem em terras capixabas tanto contribuiu para o desenvolvimento local, construiu um percurso tão profícuo que sempre, a ele, a homenagem permanecerá em débito. Nolasco foi realizador ímpar, um símbolo daquilo que podem o talento e a competência profissional desempenhar em benefício da aventura humana.

Fonte: CREA-ES 50 ANOS – Uma História da Engenharia no Espírito Santo - nov/2010.
Fontes principais da sinopse do CREA:

José Affonso. Vitória-Minas e sua formação. Rio de Janeiro: Editora Rideel, 1967. 
Léa Brígida Rocha de Alvarenga Rosa. Uma ferrovia em questão: a Vitória a Minas (1890-1940). Vitória: [s.e.], 1985.
Centro de Memória da Estrada de Ferro Vitória a Minas. Colaboradores: Cassius Golçalves e Robson Ribeiro – Série Estrada de Ferro Vitória a Minas nº 3 e 4, 2006 e 2008 respectivamente.

Compilado com pequenas adaptações por: Walter de Aguiar Filho em nov/2010.



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Portos do ES

Companhia Vale do Rio Doce S. A.

Companhia Vale do Rio Doce S. A.

A Companhia Vale do Rio Doce foi organizada pelo decreto-lei n.° 4.352, de 2 de junho de 1942  para resolver o problema da exportação do minério de ferro

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