Rua Pedro Palácios
Situa-se onde, a princípio, existiu o largo da Caridade, que ficava ao lado da igreja da Misericórdia, sendo que daí se abria um caminho até a velha Matriz. Com as demolições na cidade alta. o largo desapareceu, surgindo, então, a atual rua Pedro Palácios, antes conhecida como Boulevard. Em 1913 o prefeito Washington Pessoa mandou arborizar a artéria, conservando ali algumas árvores centenárias. Mais tarde, as mesmas, dispostas no centro da rua, foram postas abaixo, construindo-se canteiros onde aquelas árvores davam sombra, conservando-se apenas as das calçadas. Os canteiros foram depois abolidos, a fim de facilitar o tráfego, ora intenso nessa artéria.
Em 1925, de 24 a 30 de novembro, realizou-se, em Vitória, sob a presidência de honra de Cândido Mariano da Silva Rondon e efetiva de Carlos Xavier Paes Barreto, o 8° Congresso Brasileiro de Geografia, ocasião em que se inaugurou, na Pedro Palácios, o edifício, agora tombado pelo Conselho Estadual de Cultura, da Biblioteca e Arquivo Público, este organizado pelo professor Deocleciano Nunes de Oliveira (1870-1919). Atualmente, só o Arquivo continua funcionando ali, já que a Biblioteca foi transferida para a Praia do Suá. A Biblioteca Pública do Estado teve origem com a doação de 400 volumes feita por Braz da Costa Rubim (1812-1871), enviando-os do Rio, onde residia. O então presidente da província, Dr. Evaristo Ladislau da Silva, aceitando a oferta, a 21 de março de 1853, nomeia comissão para sua organização, cabendo ao Dr. Sebastião Machado Nunes, a 16 de julho de 1855, inaugurá-la, na sala do Palácio. A Assembléia votou auxílio de cem mil réis por três anos. Em 1859 já tinha 2.000 volumes. A 5 de setembro de 1899 recebeu, do livreiro Francisco Alves, do Rio de Janeiro. 1.447 volumes, sendo que outras doações se fizeram com o decorrer dos anos. A Biblioteca foi reformada no governo Jerônimo Monteiro, que, na mesma artéria, inaugurou a Imprensa Oficial, criada pelo Decreto n° 193, de 10 de outubro de 1908.
O Poder Judiciário, em edifício moderno, tem sede aí, assim como a Galeria Homero Massena, o Teatro Stúdio, a Televisão Espírito Santo, o Instituto de Bem Estar do Menor e a Secretaria de Estado de Comunicação Social.
O patrono da rua, frei Pedro Palácios, irmão leigo franciscano, nasceu na província de Salamanca, em Medina do Rio Seco, na Espanha. Em 1558, vindo de Portugal, desembarcou em Vila Velha (ES). Trazia consigo um painel de Nossa Senhora da Penha e o desejo de construir-lhe uma capela. Essa capela ele a edificou no alto da montanha, sendo que a mesma, ao decorrer dos anos, foi se ampliando, transformando-se, assim, no Convento da Penha, "a mais duradoura obra de arquitetura física e moral do Brasil colonial".
Frei Pedro Palácios, homem santo, missionário, faleceu a 2 de maio de 1570, tendo processo de beatificação no Vaticano, com entrada no pontificado de Paulo V, isto é, desde o início do século XVII.
Fonte: Logradouros antigos de Vitória, 1999
Autor: Elmo Elton
Compilação: Walter de Aguiar Filho, julho/2014
Os primeiros moradores da região do Farol de Santa Luzia, na Praia da Costa, Vila Velha, foram...
Ver ArtigoPrimitivamente a expressão significava o habitante desse arrabalde. Passou depois a significar os que nascessem em Vitória. Hoje é dado a todo espírito-santense
Ver ArtigoPalco de batalhas ferrenhas contra corsários invasores, espaço para peladas de futebol da garotada, de footings de sábados e domingos, praças, ladeiras e ruas antigas curtas e apertadas, espremidas contra os morros — assim é o Centro de Vitória
Ver ArtigoAo arredor, encosta do Morro Jaburuna (morro da caixa d’água), ficava o Cercadinho
Ver ArtigoAtualmente, é a principal artéria central de Vitória. Chamou-se, antes, Rua da Alfândega, sendo que, em 1872, passou a denominar-se Rua Conde D'Eu
Ver Artigo