Vasco Coutinho à testa do governo – Auxílio a Pero de Góis
Pouco se conhece sobre as atividades de Vasco Coutinho novamente à testa da governança. Tudo indica, porém, que ele se entregou de corpo e alma à tarefa principal do momento, que era soerguer o ânimo dos companheiros que lhe restavam.
Não obstante todas as dificuldades com que lutava, ainda encontrou forças para retribuir o auxílio que, nos primeiros tempos da colonização, lhe prestara o vizinho Pero de Góis. Sabedor dos riscos a que estava exposto o amigo e da penúria que caíra sobre sua gente – todos à mercê da sanha dos silvícolas insurrecionados devido ao incidente promovido por Anrrique Luís(1) – mandou a São Tomé algumas embarcações que, de torna-viagem, trouxeram quantos lá restavam, inclusive aquele donatário,(2) que daqui se recolheu a Portugal.(3)
NOTAS
(1) - Ver foot-note n.º 29, do capítulo III.
(2) - VICENTE DO SALVADOR, Hist. Brasil, 93.
– Anteriormente, conforme a carta de dezoito de agosto de 1545, dirigida a Martim Ferreira, seu sócio, Pero de Góis estivera no Espírito Santo e daqui levara para S. Tomé um mestre de açúcar. Eis o trecho em que dá notícia do ocorrido: “fui ao Spirito Santo omde me achou e o caravelão quando veo. E com muito trabalho ouve hum oficial de Bras Tellez ao qual dei a cruzado em dinheiro por dia”. (Documento pertencente à Biblioteca de Évora [cod. CXVI, 2-13, n.º 2], apud MALHEIRO, Regimen Feudal, 262).
(3) - VARNHAGEN, HG, I, 247.
Fonte da imagem: Mapa da costa do Brasil entre o Cabo de S. Tomé e o Morro de João Moreno - 1642
Este mapa encontra-se no Descripção de toda a costa da Provinsia de santa Cruz a que vulgarmente chamão Brasil. 1642, cuja autoria é de João Teixeira Albernaz, o Velho. Ele é acompanhado de mais dois mapas do Espírito Santo. A obra está na Biblioteca da Ajuda, em Lisboa, Portugal.
Fonte: História do Estado do Espírito Santo, 3ª edição, Vitória (APEES) - Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – Secretaria de Cultura, 2008
Autor: José Teixeira de Oliveira
Compilação: Walter Aguiar Filho, julho/2018
O navio em que Coutinho regressou ao Brasil tocou em Pernambuco e, com certeza, era de sua propriedade
Ver ArtigoCoube a do Espírito Santo, descoberta em 1525, a Vasco Fernandes Coutinho, conforme a carta régia de 1.º de junho de 1534
Ver ArtigoEnfim, passa da hora de reabilitar o nome de Vasco F. Coutinho e de lhe fazer justiça
Ver ArtigoTalvez o regresso se tivesse verificado em 1547, na frota mencionada na carta de Fernando Álvares de Andrade, ou pouco depois
Ver ArtigoConcluo, dos nobres que aportaram à Capitania do Espírito Santo, ser ela a de melhor e mais pura linhagem
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