Vitória do Espírito Santo

Veja como Haydée Nicolussi (1905-1970), poeta e cronista, descreve a cidade de Vitória em 1928, inaugurando a poética modernista em terras capixabas:
Vitória do Espírito Santo
"Cidadezinha azul, liliputiana,
cidade de gravura suíça ou italiana,
cidade pequenina,
brincando junto às ondas como uma criança,
com a pontinha dos pés roçando a água mansa
e o céu quase roçando com a fronte das colinas.
Quando a caravana dos navios
vem chegando, de longe, rastejando,
pelos mares bravios,
o Estrangeiro levanta o olhar cansado
de ver o céu deserto e o deserto no mar,
e, num êxtase acordando,
olha a terra como um oásis abençoado!
E ante a cidade-flor, miniatural, vivente,
sente o cálido anseio de tatear
a pelúcia dos musgos nas pedreiras,
os leques nosvos das palmeiras,
as águas da baía transparente,
e tatear
as casinhas, os carros pequeninos
da cidade-tetéia
onde só deviam morar bonecas e meninos.
Que pena imaginar
que a cidade-tetéia
um dia há de crescer
e há de ter
torres, arranha-céus, ousados, atrevidos,
para cravar
as unhas de aço contra os céus polidos...
Que pena imaginar
que o mar irá baixando a voz cantante,
vendo-a bramir o jazz alucinante
das grandiosas metrópoles crescidas,
que pena ver o mar envergonhado
de soluçar uma canção qualquer,
depois de tantos anos ter acalentado
a cidade-menina que se faz mulher..."
(...)
Publicado originalmente em Vida Capichaba, Vitória, janeiro de 1928.
Trecho do livro "Vitória, Cidade Portuária", de Francisco Aurélio Ribeiro.
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