Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

Cine Teatro Melpômene

Cine Teatro Melpômene

Denominação: CINE TEATRO MELPÔMENE

Localização: Praça da Independência, esquina das ruas Graciano Neves e Sete de Setembro, no Centro. Atual Praça Costa Pereira, Centro, Vitória.

Inauguração: maio 1896.

Capacidade: 800 lugares.

Período de funcionamento: 1896-1924.

Exibidor: Empresa Santos & Cia.

 

Histórico: Nos primórdios do cinema no estado, entre 1896 e 1907, a exibição era ambulante, com apresentações esporádicas em lugares públicos como cafés, quermesses e parques de diversão. Em 1896, foi inaugurado o Teatro Melpômene, no antigo Largo da Conceição, na Praça da Independência, atualmente Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória. Este teatro foi o primeiro, de acordo com os mais antigos arquivos disponíveis, a equipar-se da máquina dos irmãos Lumière no Espírito Santo. Segundo a imprensa local o teatro possuía iluminação própria, era todo em madeira, com 800 lugares e possuía camarotes, poltronas e cadeiras para a platéia.

 

Também, como foi prática na época, o teatro utilizava uma orquestra para dar o som aos filmes mudos.

 

Além disso, para reproduzir o som, um sonoplasta fazia imitação dos ruídos (sonoplastia), técnica tradicional do teatro. Ficava uma pessoa atrás da tela com um material reunido em uma “mesa de ruídos” e acompanhava a projeção.

 

Os efeitos eram os mais variados possíveis, tudo para realçar as imagens: derramava arroz numa placa de zinco para reproduzir o trovão, esfregava escovas metálicas ou mexia grãos secos quando as ondas se quebram, etc.

 

Durante a exibição de um filme, em 1924, no Teatro Melpômene ocorreu um princípio de incêndio que causou um imenso tumulto e deixou dezenas de pessoas feridas. O jornal a “Folha do Povo”, em 9 de outubro de 1924, apresentava a seguinte manchete: “O incêndio de hontem no Theatro Melpomene – vários mortos e grande numero de feridos”, com duras críticas ao teatro que logo depois foi demolido, deixando somente sua estrutura. Mais tarde esta estrutura seria aproveitada pelo arquiteto italiano André Carloni para a construção do Teatro Carlos Gomes, na mesma praça.

 

Fonte: Memórias Fotográficas – A História das Salas de Cinema de Vitória. Vitória, 2011
Autor: André Malverdes
Compilação: Walter de Aguiar Filho, dezembro/2011

 

 

LINKS RELACIONADOS

 

Teatro Melpômene

Teatro no ES

O Teatro capixaba de antanho

A história dos cinemas no ES


 




GALERIA:

📷
📷


História do ES

De Vitória a Santa Cruz - Por Auguste François Biard (Parte II)

De Vitória a Santa Cruz - Por Auguste François Biard (Parte II)

Os que subiam os degraus exteriores para entrar na igreja tinham, do lado oposto, de descer outra escadaria, para entrar então no verdadeiro templo 

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

O Espírito Santo na 1ª História do Brasil

Pero de Magalhães de Gândavo, autor da 1ª História do Brasil, em português, impressa em Lisboa, no ano de 1576

Ver Artigo
O Espírito Santo no Romance Brasileiro

A obra de Graça Aranha, escrita no Espírito Santo, foi o primeiro impulso do atual movimento literário brasileiro

Ver Artigo
Primeiros sacrifícios do donatário: a venda das propriedades – Vasco Coutinho

Para prover às despesas Vasco Coutinho vendeu a quinta de Alenquer à Real Fazenda

Ver Artigo
Vitória recebe a República sem manifestação e Cachoeiro comemora

No final do século XIX, principalmente por causa da produção cafeeira, o Brasil, e o Espírito Santo, em particular, passaram por profundas transformações

Ver Artigo
A Vila de Alenquer e a História do ES - Por João Eurípedes Franklin Leal

O nome, Espírito Santo, para a capitania, está estabelecido devido a chegada de Vasco Coutinho num domingo de Pentecoste, 23 de maio de 1535, dia da festa cristã do Divino Espírito Santo, entretanto... 

Ver Artigo