Colônia de Pescadores Z5 da Praia do Suá - Por José Carlos Mattedi

Os primeiros registros sobre a Colônia de Pescadores datam de 16 de maio de 1925. Era ainda Zona 2 (Z2). Alguns dos fundadores: João Rodrigues da Silva, Torquato Marques, David Maio, Hermes Reis e Belmiro Rodrigues da Silva. Comenta Amélia Maio que seu avô, David, entrou com parte do dinheiro necessário para a construção da sede, valor que tempos depois foi reembolsado com o pagamento periódico dos pescadores.
Nos anos 20, a associação de pesca ocupava um barracão coberto com telhado de zinco, no mesmo endereço atual. Já na década de 30, o prédio passou a ser de alvenaria, abrigando inclusive as missas improvisadas dos fiéis católicos do bairro. Em 1939, a colônia contava com 72 pescadores inscritos. Anos depois, a sede ganhou um andar superior, onde passou a funcionar a parte administrativa da colônia, e no salão realizavam-se os bailes da comunidade. O térreo ficou como mercado de pescado dos associados.
No final dos anos 50 e início dos anos 60, a colônia viveu uma de suas melhores fases, com a construção do Hospital dos Pescadores, uma iniciativa da própria associação. Mas, por má gestão de uma das diretorias, em 1963 a unidade de saúde foi arrendada ao governo federal (o imóvel, em 1993, foi retomado, mas ainda não há uma definição sobre sua utilização). Também na década de 60, o segundo andar da sede foi alugado para abrigar o Grupo Escolar Colatina Mascarenhas — hoje, desativado.
O objetivo da colônia, desde sua criação, segundo um dos seus diretores, Reginaldo Aquilino Tavares (o Alemão), 45 anos, foi o de apoiar os pescadores, "dando assistência social, médica e sindical". Atualmente, a colônia chama-se Z5 e é a maior do Estado. Tem 3.400 associados, e atende pescadores de bairros costeiros da capital, da Serra e de Nova Almeida, e municípios do interior capixaba e mineiro, como Colatina e Baixo Guandu, Governador Valadares e Conselheiro Pena, devido a pesca fluvial.
Os marujos do Suá têm mais de 60 barcos, e vendem seu produto diretamente no mercado da associação, no térreo da sede. Há alguns anos, a colônia oferecia atendimento médico e odontológico gratuito, serviço que foi desativado, somado a perda do convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). Hoje, cuida apenas do seguro-desemprego dos pescadores na época do defeso e do cadastro para novos interessados na profissão, além de conviver com pesadas dívidas. Seu atual presidente é Álvaro Martins da Silva.
Fonte: Praia do Suá – Coleção Elmo Elton nº 9 – Projeto Adelpho Poli Monjardim, 2002 – Secretaria Municipal de Vitória, ES
Prefeito Municipal: Luiz Paulo Vellozo Lucas
Secretária de Cultura: Luciana Vellozo Santos
Subsecretária de Cultura: Joca Simonetti
Administradora da Biblioteca Adelpho Poli Monjardim: Lígia Mª Mello Nagato
Conselho Editorial: Adilson Vilaça, Condebaldes de Menezes Borges, Joca Simonetti, Elizete Terezinha Caser Rocha, Lígia Mª Mello Nagato e Lourdes Badke Ferreira
Editor: Adilson Vilaça
Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica: Cristina Xavier
Revisão: Djalma Vazzoler
Impressão: Gráfica Sodré
Texto: José Carlos Mattedi
Fotos: Raquel Lucena
Compilação: Walter de Aguiar Filho, março/2020
Conhecendo a história conseguimos entender o nosso tempo
Ver ArtigoIriri. Deriva de reri ou riri, ostras, mariscos que se encontra em toda costa espírito-santense. Irirí vem a ser portanto local onde há abundância de ostras
Ver ArtigoAssim nasceu o Liceu, no prédio da fábrica de papéis, na rua Moreira nº 170, depois do desmonte e alienação do maquinário daquele empreendimento industrial
Ver ArtigoNo ano de 1886, administrada pelo doutor Antônio Athayde, foram feitos os reparos, sendo a obra dividida em três lances unidos por um aterro
Ver ArtigoBiscoitos Alcobaça. São produtos da Fábrica Alcobaça, de propriedade da firma “Ramiro S.A. Indústria e Comércio”, instalada no Município de Espírito Santo (Vila Velha), com depósitos em Vitória
Ver Artigo