Morro do Moreno: Desde 1535
Site: Divulgando desde 2000 a Cultura e História Capixaba

Forte São Francisco Xavier – Por Seu Dedê

Forte São Francisco Xavier

No dia 23 de maio de 1535, segundo os historiadores dos séculos XVI e XVII, o Capitão-mor Vasco Fernandes Coutinho desembarcou em Vila Velha e construiu uma paliçada para defesa dos ataques dos senhores destas paragens.

O atual forte São Francisco Xavier foi construído no governo do donatário Francisco Gil de Araújo, conforme documento passado na Vila da Vitória (27 de julho de 1682), assinada pelo Provedor Manoel de Moraes. (Firmas reconhecidas pelo tabelião da mesma Vila, Martim Damorim de Távora e pelo Ouvidor Geral da Bahia Dr. Góis e Araújo).1

Outra versão sobre a construção do forte é a que transcrevemos abaixo:

“Reinando o muito Alto e muito Poderoso Rei de Portugal D. Pedro II Nosso Senhor mandou fazer esta Fortaleza, D. Rodrigo da Costa, Governador e Capitão-mor Geral deste Estado do Brasil ano de 1702...” 2

Uma notícia interessante vamos encontrar quando o capitão-mor da Capitania do Espírito Santo, Dionísio Carvalho de Abreu, informa em 29 de março de 1725 ao Rei D. João V sobre os reparos necessários a serem feitos na fortaleza S. Francisco Xavier:

“Fora desta fortaleza se acha uma peça desmontada com que algum tempo se franqueava uma trincheira, e na praia de Vila Velha, outra que tinha a mesma aplicação”.

Notas

1. A transcrição a seguir faz parte da coleção de manuscritos pertencente ao escritor Alberto Lamego que diz o seguite: “...Mandou V. S. fundar o forte S. Francisco Xavier a entrada da Barra em sitio muito conveniente pera este effeito e de melhor segurança com o qual não hé possível poder passar embarcação sem grande risco. A forma delle hé de laranja, o diametro de 80 palmos e acircumferencia de 240, a muralha hé fortissima pois nace entre grandes penedos com doze palmos e nos mesmos continúa athé o pavimento do lageado e dahy sobe em nove de groço em dez amêas, toda a praça lageada com hum grande telheiro, e sua casa de pólvora; pode ser socorrida em qualquer conflicto e de prezente fica com oito peças cavalgadas.”

A construção do forte foi confirmada pela CERTIDÃO expedida pela Câmara de Vitória em 07 de agosto de 1682 relatando os feitos realizados pelo donatário Francisco Gil de Araújo: “... Fes o dito senhor da entrada da Barra desta capitania fundar a fortaleza Sam Francisco Xavier em sitio conviniente e de milhor segurança aonde não he posivel entrar nem sahir embarcaçam sem muito risco seu, esta fortaleza se fundou em doze palmos.”

2. “Bahia 4 de janeiro de 1766 (Confere com o original – as. Razauro de Araújo Suzano, tenente coronel chefe da S/12 da Diretoria de Obras e Fortificações do Exercito”.

 

Nota: O autor era carinhosamente conhecido por Seu Dedê

 

Fonte: Memória do Menino... e de sua Vila Velha – Casa da Memória Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha-ES, 2014.
Autor: Edward Athayde D’ Alcântara                          
Compilação: Walter de Aguiar Filho, junho/2020

Monumentos

Palácio das Águias é restaurado

Palácio das Águias é restaurado

O Palácio das Águias, localizado em Marataízes, reabriu suas portas ao público

Pesquisa

Facebook

Leia Mais

Orografia - As 10 mais altas Montanhas do Espírito Santo

Mestre Álvaro (ou Alvo). É uma bela montanha que se ergue, isolada, em extensa planície, ao norte da cidade de Vitória, no vizinho Município da Serra 

Ver Artigo
Grandes Construções - As 10 mais destacadas por Eurípedes Queiroz do Valle

Situa-se na Ponta de Piranhém ou Tubarão que lhe dá o nome no extremo norte da baía de Vitó­ria

Ver Artigo
O Farol de Regência - Por Geraldo Magela

O farol foi inaugurado no dia 15 de novembro de 1895, no governo Muniz Freire, que defendeu na Câmara do De­putados a necessidade de sua instalação

Ver Artigo
O Itabira e o Frade e a Freira - Por Gabriel Bittencourt

O Itabira: esguio monólito que os cachoeirenses fizeram símbolo da cidade, e os intelectuais de sua Academia de Letras transformaram-no no seu escudo e emblema

Ver Artigo
Praça João Clímaco

Localizada em frente ao Palácio Anchieta, a Praça João Clímaco, ex-praça Afonso Brás, foi durante três séculos chamada ora como largo do Colégio, ora largo Afonso Brás

Ver Artigo