Colatina
A história dos municípios capixabas de Linhares e Colatina se confunde. Durante muitos anos o povoado de Colatina pertenceu ao antigo Município de Linhares e, durante esse tempo, comemorava, junto com a cidade, o dia 22 de agosto.
A fundação do município de Colatina data de 1833. As primeiras povoações foram no Arraial da Barra do Santa Maria, hoje bairro Colatina Velha, onde surgiu a área urbana, Mutum de Boapaba e ainda Barracão de Baunilha. Os imigrantes eram italianos em sua maioria.
Em 1857, com a chegada de Nicolau Rodrigues dos Santos França Leite, foi criada a colônia de Francilvânia, na margem esquerda do Rio Doce. Mas, devido aos constantes ataques dos índios botocudos, muitas colônias só se desenvolveram a partir do último decênio do século dezenove.
Em 9 de dezembro de 1899, Colatina virou sede do distrito. Naquela época a região pertencia ao município de Linhares.
Por volta de 1906, com a estrada de ferro Vitória-Minas, Colatina passou a ter renda maior que Linhares e, em 1921, passou a ser a sede do município, com a maioria dos vereadores do antigo Linhares. Foi nessa época que se estabeleceu a tradição de comemorar o dia do município de Colatina também em 22 de agosto.
Em 26 de maio de 1916 o coronel Alexandre Calmon e o médico Pinheiro Júnior compuseram uma chapa e foram derrotados por Bernardino Monteiro, na disputa pela presidência do Estado. Chefiaram então um movimento revolucionário, em que proclamavam Colatina a nova capital do Espírito Santo, instalando o governo em Colatina.
Pinheiro Júnior transferiu o cargo a seu vice, "Xandoca", e regressou ao estado do Rio de Janeiro, onde clinicava. Somente em 29 de junho é que a rebelião foi debelada pelas forças governistas. O fato ficou conhecido como a "Revolta do Xandoca", assim, o município voltou a pertencer a Linhares.
Na década de 50, Colatina começou a colher resultados significativos ao se tornar o maior produtor mundial de café. O processo de industrialização teve início nos anos 70 e colocou a cidade no rol das maiores economias do Estado, com um potencial enorme de expansão.
O nome da cidade foi escolhido pelo engenheiro Gabriel Emílio da Costa em homenagem à Dona Colatina, esposa do ex-governador do Estado, Muniz Freire.
Fonte: A Gazeta e Pesquisa na internet.
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