No Convento da Penha - Elmo Elton
Há uma ermida famosa, sustentada no cume de um calvo penedo, que quase compete com as nuvens, na mesma capitania, como meia légua da Vila. É romaria contínua de devotos, que vão ali ter suas novenas à Virgem S Nossa, cuja invocação têm, Aqui com espanto grande foi visto José, em presença de muitos, que ali se achavam e foram testemunhas do caso, enlevado em êxtase admirável e fora de sentidos, no meio da missa, depois de alevantar a hóstia e cálice. SIMÃO DE VASCONCELOS ob, cit.
NO CONVENTO DA PENHA
Anchieta, em romaria, indo ao Convento,
de onde, à distância, vê-se Vila Velha,
ante o cenário, olhos no firmamento,
sente que a fé o abrasa qual centelha.
Tudo em redor se faz deslumbramento,
o azul do céu no azul do mar se espelha,
doce cantiga canta ali o vento,
coisa alguma a essa vista se assemelha.
Celebra o padre, agora, a santa missa
diante do altar da Virgem Mãe de Deus,
e, então, contrito, nos arroubos seus,
do chão da igreja à altura eis que se iça,
paira no ar, e é qual, nesse momento,
anjo descido dentro do Convento.
Autor: Elmo Elton
Fonte: Anchieta, Vitória 1984
Festa antonina (Santo Antônio) realizada no dia 13 de junho de 1937, em Aribiri (Vila Velha), na chácara onde residia o Dr. Armando Azevedo, aqui nos versos tratado como "cumpade".
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