Todos os motivos nos levam à Festa da Penha
Desde 1570 comemoramos a Festa da Penha oito dias após a Páscoa. Ela é a festa cristã pioneira da América. A da "Virgem de Guadalupe", padroeira do México e da América Latina (1945), foi instituída em 12 de dezembro de 1754, embora a imagem da "Virgem de Guadalupe", milagrosamente estampada sobre poncho de tilma (tecido frágil feito com fibras de agave), tenha sido apresentada ao bispo, em 1531, pelo índio São Juan Diego, proclamado santo por João Paulo II.
Para a primeira Festa da Penha, veio de Portugal uma caixa contendo o menino Jesus, as mãos e a cabeça da Virgem, esculpidos em madeira. Frei Pedro Palácios, usando um tronco da mata, montou a imagem de Nossa Senhora da Penha, e arrumou-a com vestido e manto.
As obras de engenharia, conferindo ao Convento a imponência que apresenta, foram realizadas dos sécs. XVII ao XIX, principalmente às expensas do campista Salvador Correa de Sá e Benevides. Em 1652 ele fez doação de "ordinária anual de trinta cabeças de gado", mantida por seus descendentes até 1846. O prelado-mor da Bahia concedeu-lhe e aos descendentes o título de "Padroeiros Venturosos do Convento". Durante muitos anos os festejos da Penha só começavam com a chegada da romaria de Campos, vinda pelo mar.
O Convento alcançou o aspecto atual no princípio do séc. XX, quando ganhou (após tombamento pelo Iphan) a grande chaminé da fachada voltada para o leste. O altar-mor, em mármore de Carrara, foi inaugurado em 1910. Benefício do paulista Cícero Bastos ao genro, governador Jerônimo Monteiro, autor do "Veto da Penha" (vetou, em decorrência da Constituição Republicana, que separou a Igreja do Estado, uma ajuda financeira ao Convento, aprovada na Assembléia Legislativa e apoiada pelo povo). A decisão foi difícil. O bispo do Espírito Santo, D. Fernando, era irmão do governador.
São diferentes os motivos que levam as pessoas ao Convento da Penha. Prevalece o espírito religioso. Alguns sobem o morro para ver belas paisagens; outros buscam referências geográficas; estudiosos e curiosos querem apreciar a arquitetura, as esculturas e as pinturas. Muitos de todos os credos vêm participar, com alegria, da maior festa popular do Espírito Santo.
Fonte: Jornal A Gazeta, 10/04/2015
Autor: Kleber Galvêas
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