Manhã nascendo. De pé sobre a pedreira, eu observava o voo dos urubus que agouravam a morte do bezerro atolado no asfalto. A estradinha à beira-mar estava sendo pavimentada. Por todo lado amontoavam-se tonéis do betume negro e visguento; alguns derramados. O gado desavisado que por ali perambulava, volta e meia via-se em apuros. Os maiores conseguiam safar-se, mas os pássaros e bezerrinhos que caíam no asfalto derretido, quando mais se debatiam, mais afundavam...
O peroá branco, que estava escasso no litoral capixaba, voltou. Há dois meses, os cardumes descobertos no Estado do ES surpreenderam os pescadores, que passaram a trazer do mar, em um barco, duas toneladas de peroá. Antes dessa bonança, os barcos ficavam uma semana na costa para trazer até 300 quilos de peroá. É sinal de que há muito do peixe no fundo do mar.