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Alcunhas e Apelidos - Os 10 mais conhecidos de origem capixaba

Capa do Livro - O Estado do ES e os Espirito-santenses

1) Edifício Nicoletti. É um prédio que fica na Avenida Jerônimo Monteiro, em Vitória. Aparenta uma fachada de três andares mas na realidade tem apenas dois. O último é falso e só foi construído para compor a fachada. É o apelido que os capixabas põem em todo aquele que faz praça de qualidades e virtudes que não tem.

 

2) Cano de ferro. É o apelido de todo mau pagador. Originou-se do fato de certo negociante de ferragens levar vários meses para pagar um pequeno débito pela compra de um cano de ferro. Certo viajante comercial visitando uma das praias de Vitória e conhecendo a origem do apelido, deu com um desses maus pagadores nadando e boiando admiravelmente. Teve então esta exclamação para uns amigos: “Sim, senhor. Só no Espírito Santo se vê cano-de-ferro boiar”!

3) Voto secreto. Alcunha posta em certo político espírito-santense pelo hábito de conversar com os amigos sempre aos cochichos, olhando para um e outro lado.

 

4) Professor Botão. É o apelido posto em todo aquele que não paga aluguel de casa. Originou-se do hábito de um conhecido professor público não pagar aluguel. Fa­zia como os botões que entram e saem das “casas” sem nada despender.

 

5) Dona Leopoldina. Foi posto por Professoras de um Grupo Escolar da Capital na Diretora do Estabelecimento que sempre chegava tarde ao serviço. Como a velha Es­trada de Ferro Leopoldina nunca chegava no horário. Hoje é dado a todo retardatário.

 

6) Onze mil virgens. Apelido posto em jovem advogado, filho de pais abastados que logo depois de formado organizou uma linda biblioteca no seu escritório. Fazia questão de salientar aos que o visitavam que já possuía onze mil volumes. Como não abria nem lia nenhum deles, os colegas lhe puseram o apelido de “Onze mil virgens”.

 

7) Salário mínimo. Nome por que ficou conhecido certo capitalista de Vitória. Nas festas ou reuniões festivas que oferecia aos amigos mandava servir bebidas sempre em doses muito reduzidas.

 

8) Boas-festas. Alcunha posta em conhecido político capixaba que ao divisar um amigo ao longe abria logo os braços e numa efusão exagerada de alegria se aproximava para abraçá-lo, cumprimentá-lo e perguntar pela família.

 

9) Amostra grátis. Era o apelido posto num jovem advogado de pequena estatura, usando todas as peças do vestiário em tamanho reduzido. Os mais irreverentes o chama­vam de “Caga-sebo” jurídico que é passarinho conhecido pelo seu reduzido porte.

 

10) Entrega a domicílio. Posto em jovem e distinto médico, muito amável, que sempre fazia questão de levar até a casa, em seu automóvel, as moças e pessoas amigas após os bailes e festas que frequentava.

 

Fonte de estudo: A Psicologia do apelido”. Do livro “Micrólogos” de Beneventino (E. Queiróz do Valle). Ed. Of. Vitória-1968.

 

 

Os 10 de origem desconhecida

 

 

1) Castro Alves a varejo. Posto em certo poeta popular pelo costume de decla­mar, sob qualquer pretexto, versos do grande vate baiano.

 

2) Dez para as duas. Apelido dos que andam com os pés para fora na posição dos ponteiros dos relógios quando marcam essa hora do dia.

 

3) Meio quilo. Homem de pequena estatura.

 

4) Mil e um. Pessoa desdentada, deixando ver apenas os dois caninos.

 

5) Pastel de Pensão. Indivíduo de muito volume e de pouco “conteúdo”. Muita conversa e pouco saber.

6) Farol baixo. Aquele que olha por baixo dos óculos.

 

7) Santa Casa. Cidadão que vive a se queixar de dores e doenças.

 

8) Munheca de samambaia. Pessoa sovina. Mão fechada.

 

9) Salsicha. Posto nas pessoas altas, magras e muito coradas.

 

10) Pelanca Beach. (Praia das Pelancas) Posto por estudantes numa Praia da cidade balneária de Guarapari, preferida pelos velhos reumáticos.

 

Fontes de estudo: “Psicologia do apelido”. Estudo de Beneventino (E. Queiróz do Valle) in “Micrólogos” (Livro de Crônicas) Vitória. 1968. O Bom-humor Popular. Crônica de José Azerêdo. in “O Município” de Cachoeiro de Itapemirim. Ed. de fe­vereiro de 1923.

 

 

Academia Espírito-Santense de Letras

Ester Abreu Vieira de Oliveira (Presidente)

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Fonte: O Estado do Espírito Santo e os Espírito-santenses - Dados, Fatos e Curiosidades (os 10 mais...) - 4° Edição (Reedição da 3ª ed. de 1971)
Autor: Eurípedes Queiroz do Valle
Compilação: Walter de Aguiar Filho, Maio/2022

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