Quando entrei para O DIÁRIO, em 1965, tudo me pareceu fantástico. Afinal, eu nunca havia entrado num jornal antes
Primeiro é preciso dar uma noção geral do que era a imprensa em Vitória nos anos 50 e boa parte dos anos 60, até a chamada Revolução de 1964
Quando entrei a primeira vez no jornal onde passaria a trabalhar, a pedido do governador CHIQUINHO, tomei um grande susto
O DIÁRIO foi comprado por um empreiteiro de Campos, Mário Tamborindegui. Era um homem rico, ligeiramente espalhafatoso
E do Sete Dias, em 1958, fui chamado para a redação dO DIÁRIO, que marcou a vida de muitos jornalistas que ainda estão nas trincheiras de trabalho
O DIÁRIO nunca me pagou nada. Fui tão-somente colaborador do jornal, sem receber gratificação alguma, apenas por amizade ao Calixte
No píncaro do monte, o templo se alevanta conservando no seio a Imagem sacrossanta
Depois galgou o monte a pesquisar... e, atento, de assombro cheio, — olhando o pico, no momento... entre, as palmeiras viu — O Quadro da Senhora!
Cheguei aqui em janeiro de 1953 e estou até hoje
A partir de 64, poderosos grupos econômicos incrustrados no Governo passaram a criar as maiores dificuldades para a imprensa em geral
