Lia eu, certo dia, a origem da palavra Capixaba quando a minha familiar voz fanhosa interrompeu-me a leitura, para dar-me o seu amistoso – ‘Iane Coema, Cunhã! - Bom dia, minha velha, respondi-lhe. Que tens hoje para contar-me de tuas lindas histórias?
Variedades
Já disse que os fazendeiros de cacau do Espírito Santo vivem quase sempre longe de suas fazendas e só as visitam uma vez ou outra, por ocasião da safra. É muito fácil controlar a produção, mesmo à distância, e cada fazenda tem seu administrador, geralmente um homem esperto e rude que veio da estrovenga
As mulheres então trabalham: a “quebradeira” partindo o belo fruto amarelo com um facão curto; a “tiradeira” separando as sementes, com o dedo indicador protegido por uma dedeira de pano. Tanto a casca e polpa do fruto como a “siriba” que une as sementes, e que é a parte gostosa de se comer, são, assim, devolvidas ao chão
Um irmão do romancista Afrânio Peixoto, o Sr. Filogônio, veio da Bahia em 1916 e fundou a “Maria Bonita”, a primeira grande fazenda de cacau do Espírito Santo. Mais tarde o próprio Afrânio teria aqui uma fazenda, a “Bugrinha”; e me dizem que ele gostava de vir ao Rio Doce especialmente em outubro, quando as grandes sapucaias iluminam o verde escuro da mata
Já tivemos oportunidade de apreciar, em cidades do Espírito Santo, duas casas com fachadas revestidas de azulejos portugueses. Apenas duas. Uma delas situava-se bem no centro de Guarapari. Foi demolida, recentemente. A outra, ainda de pé, na vizinha cidade da Serra, foi construída em 1873, por Luiz Barbosa Leão
No romance Doutor Voronoff, escrito entre setembro de 1923 e maio de 1924, o escritor capixaba, a par de urdir uma “Estória” de rejuvenescimento glandular, ressalta a terra e a gente do Espírito Santo, o outro é Cabocla de Ribeiro Couto, popularizado, pela televisão, a personagem principal, atacado de tuberculose, vem para o Espírito Santo, em busca de clima